Fila para Bazar Social tem mais de mil pessoas neste domingo, diz polícia (Foto: Amanda Palma) |
Empurra-empurra, furto de celular e até uma moto jogada ao chão foi o que se viu na manhã de sábado. A confusão era tanta que a PM usou spray de pimenta para dispersar o público e suspendeu o bazar ao meio-dia, deixando a maioria de fora. “Em face do número excessivo de pessoas dispostas a invadir o local, houve a necessidade de fazer o uso moderado do agente químico (spray de pimenta)”, informou a polícia em nota.
Confusão na madrugadaCeleste Tavares, 63, saiu cedo de casa de olho nos perfumes, mas foi surpreendida pela multidão. “Cheguei às 7h e estava tudo desorganizado. Muita gente soube (do bazar) porque a notícia espalhou nas redes sociais. Até minha filha, em São Paulo, sabia”, afirmou a empresária, que saiu da Ribeira com o marido e enfrentou o engarrafamento gerado pelo evento já na Avenida Contorno.
Em meio à aglomeração, Karen Costa, 25 anos, teve o celular furtado. “Eu estava a três metros da porta de entrada com uma amiga e começou a ficar muito apertado. Eu não conseguia nem sair de lá. Uma pessoa passou e levou meu celular, que estava na bolsa”, disse.
Os portões só foram abertos às 9h e a entrada era controlada, em grupos de 20 pessoas, mas pessoas que chegaram às 20h do dia anterior relataram que alguns privilegiados tiveram acesso aos produtos previamente, já naquela noite.
O segurança Fábio Gomes, que mora em Brotas e havia passado a noite sem dormir na fila, reclamou: “A máfia aí dentro é muito grande! Ontem (sexta-feira), vi pessoas saindo de lá com mercadorias”. As Voluntárias Sociais negaram o ocorrido e informaram que as pessoas que estavam no local trabalhavam no transporte dos produtos.
O público reclamou que a polícia, que estava presente no local desde a madrugada, não organizou a fila que já se formava desde a sexta-feira. Procurado pelo CORREIO, o major Romeu Nascimento esclareceu que essa função não cabe à PM. Jesimiel Oliveira, que mora na Baixa de Quintas, chegou às 4h. Por volta das 6h, pediu ajuda aos militares: “Eles disseram que o papel da PM não era organizar. Mas que, se houvesse confusão, levariam as pessoas para a delegacia”. A desorganização era tanta que, de acordo com Jesimiel, havia duas filas. Uma delas chegava ao Largo dos Aflitos, perto da Avenida Contorno.
A organização do bazar informou que há poucos produtos eletrônicos e perfumes ainda disponíveis. Um dos itens mais desejados pelo público já esgotou. O Playstation 4, que nas lojas é vendido por R$ 3 mil, saiu por R$ 1 mil. Para hoje e amanhã, sobraram brinquedos e roupas. A quantia arrecadada será destinada às obras sociais mantidas pelas Voluntárias.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade