No dia seguinte ao fim do julgamento de Kátia Vargas, o resultado ainda estava sendo digerido pela prima dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes, a administradora Mayane Torres. Muito abalada, ela contou que a família se revoltou quando soube do resultado. “Nem como (homicídio) culposo ela entrou”, desabafou.
Para Mayane, as provas apresentadas pela promotoria não traziam dúvidas. Ela chegou a ser consolada pela própria Marinúbia Gomes, a mãe dos jovens. Anteontem, Marinúbia disse que esperaria o Ministério Público recorrer da decisão. A prima não concorda. Acredita que o desgaste emocional para a família, após quatro anos, não valerá a pena.
“Gosto muito de minha tia, amo meus primos, mas não tem justiça no Brasil, nem na Bahia. A Bahia foi desclassificada nesse júri. Ontem, eu fiquei abismada. O mundo já pode acabar, porque a humanidade está destruída, corrompida. A gente se sentiu fazendo parte de um circo onde todo mundo já sabia o resultado, menos a gente”, disse.
Entre os parentes, ela diz que não houve ânimo nem para conversar nas horas que se seguiram ao veredicto. Para Mayane, a decisão dos jurados não foi justa.
Ela contou que, no primeiro dia de júri, a filha de Kátia Vargas, Ana Carolina, chegou a abraçar Marinúbia. “A filha dela se ajoelhou nos pés de minha tia, pediu para dar um abraço. Minha tia tem um bom coração e deixou, mas disse que não podia conversar com ela por orientação da defesa”.
Marinúbia foi procurada pelo CORREIO, mas não foi localizada. O advogado que representa a família, Daniel Keller, não atendeu às ligações.
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Redação iBahia
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