Ewerton Faleta dos Santos, 30 anos, foi morto a tiros no bairro de Pero Vaz, no final da tarde desta quinta-feira (12). Segundo versão da polícia, ele foi baleado na Rua Vitor Serra em uma troca de tiros com guarnições da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Liberdade), mas a família contesta a versão e afirma que ele foi executado dentro de casa pelos policiais, que forjaram o confronto.
De acordo com familiares, Ewerton estava na porta de casa quando foi abordado por policiais. Vizinhos contaram à família que os tiros foram deflagrados dentro de casa e que um dos policiais, usando uma luva, colocou uma arma na mão de Everton e deflagrou um tiro. Um dos parentes, ao chegar na casa, conseguiu ver o corpo dele ainda no chão, mas não teve o acesso permitido à residência.
“Foram muitos tiros. Executaram ele com aquelas armas pesadas. Ele estava cheio de brocas”, disse um vizinho de Ewerton que preferiu não revelar o nome.
Ewenton foi levado pelos policiais para o Hospital Ernesto Simões, onde já deu entrada sem vida. Em nota, a Polícia Militar informou que “durante uma ronda de rotina, uma guarnição do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 37ª CIPM foi recebida a tiros disparados por um grupo de indivíduos armados, na Rua Vitor Serra, bairro de Pero Vaz, por volta das 17h20”.
Ainda segundo a versão da polícia, um dos indivíduos foi atingido e socorrido para o hospital, onde morreu. Com ele, foi encontrado um revólver calibre 38. O caso foi registrado na Corregedoria da Polícia Militar.
Prisão
Ewerton foi preso por policiais da 37ª CIMP no dia 22 de junho por tráfico de drogas. De acordo com ocorrência registrada na Central de Flagrantes, com ele os policiais encontraram 173 pinos de cocaína e um carregador de pistola.
No entanto, a prisão é contestada. Segundo um parente, Ewerton estava na porta de casa quando policiais chegaram atirando na rua. “Nós corremos para dentro, mas os policiais arrombaram a porta e começaram a revistar tudo, jogando tudo no chão, mas nada encontraram. Mesmo assim, pegaram Ewerton e disseram que iam levá-lo para a 2ª Delegacia (Lapinha)”, contou o parente.
Ainda segundo o parente, Ewerton na verdade foi conduzido para 37ª CIPM. “Lá, pegaram uma quantidade de droga e levaram junto com ele para a Central de Flagrantes. Disseram que tudo era dele, que ficou preso por 45 dias. Ele passou a responder em liberdade depois que o advogado provou que havia contradição no depoimento dos policiais em relação à prisão”, declarou.
Familiares negam o envolvimento de Ewerton na criminalidade e disseram que há quatro meses ele terminou um curso para trabalhar de cobrador e que aguardava ser chamado.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
Redação iBahia
AUTOR
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade