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SALVADOR

Em frente ao ACBEU,mulheres protestam contra agressão a casal gay

O casal de namoradas Roberta Nascimento e Talita Andrade acusam um segurança do teatro Acbeu de agressão na noite da última sexta (1)

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04/03/2013 às 18:52 • Atualizada em 27/08/2022 às 1:21 - há XX semanas
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O Grupo Gay da Bahia (GGB) e Marcha Nacional das Vadias fizeram uma manifestação em frente ao ACBEU, no Corredor da Vitória. Com cartazes e faixas, o protesto foi realizado contra a agressão ao casal de namoradas Roberta Nascimento e Talita Andrade sofrida na última sexta-feira (1).
Talita participou da manifestação e contou ao site Dois Terços o motivo pelo qual a sua namorada, que recebeu um soco no olho, não pôde participar. "Ela está muita abalada. Ela não tem condições físicas e psicológicas para participar deste ato importante contra a violência sofrida por nós. Não convocamos ninguém para participar deste ato. As coisas aconteceram muito naturalmente a partir das redes sociais e mostra como as pessoas estão mais atentas", disse. Fechando uma das laterais da via, o protesto seguiu em direção ao Campo Grande, pedindo justiça e punição para o agressor. A manifestação foi convocada pelas redes sociais. "Pelo fim do machismo e da lesbofobia. As companheiras agredidas estão convocando um ato segunda-feira (4), às 16h, no Corredor da Vitória", diz o texto compartilhado nas redes sociais. Entenda o caso
O casal de namoradas Roberta Nascimento e Talita Andrade acusam um segurança do Teatro Acbeu de agressão na noite da última sexta (1). Elas acompanhavam o lançamento da exposição "Mutantes" quando, no fim da mostra, tentaram ir ao banheiro. Conforme alegam, o segurança tentou impedir o acesso delas ao sanitário, dizendo que o lugar estava "fechado" e que a exposição tinha acabado. Ainda assim, insistiram e foram seguidas pelo segurança. Agressivo, ele tentou mais uma vez impedir as jovens, quando um outro visitante da exposição percebeu o comportamento do funcionário e tentou refreá-lo. "Ele falou para o segurança nos deixar em paz e foi agredido", conta Talita, afirmando que tentou conter o segurança, que bateu nela. "Ele também agrediu Roberta e empurrou mais algumas meninas". Roberta recebeu um soco no olho, que ficou inchado e completamente roxo, e precisou ser atendida no Hospital Português. Neste sábado (2), ambas prestaram queixa na delegacia e fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), além de tomar vacina antitetânica por causa dos ferimentos.
Roberta foi agredida pelo segurança do teatro Acbeu na última sexta (1). Foto: Reprodução
Ao CORREIO, Talita diz acreditar que a confusão foi motivada por homofobia. "Estávamos tranquilas na festa, dançando e nos beijando, como fazemos em muitos lugares", relata. "Nunca pensei que fôssemos passar por isso. Talvez no máximo uma agressão verbal, mas nada desse tipo". Ela afirma ainda que a própria negativa do segurança em deixar o casal ir ao banheiro pode ser interpretado como um sinal de que as ações foram motivadas por preconceito. "Nossas amigas pediram para ir ao banheiro e cinco minutos depois nós pedimos e ele não deixou. Não sou ingênua a ponto de não fazer essa ligação", disse. As jovens ainda alegam que o segurança desapareceu após o ocorrido e teria prestado queixa contra elas em uma delegacia, depois de rasgar a própria roupa e se autoflagelar. À TV Bahia, o Acbeu afirma que houve uma "agressão mútua" e que na segunda-feira (4) a diretoria do espaço irá se reunir para decidir como proceder em relação ao caso. A administração da galeria também salienta que pagou o tratamento de Roberta no hospital. O caso será investigado pela 14ª Delegacia Territorial (Barra). *Com informações do Correio 24h e do Giro de noticia Dois Terços

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