Eloísa dos Santos queria agradecer a graça alcançada, Ana Dultra foi pedir saúde e paz, Roque Serra abençoou o carro e a carteira, Vera Lúcia foi rezar por um 2014 de sorte. Essas são algumas das motivações que levaram milhares de fiéis à Colina Sagrada na primeira sexta-feira do ano. Segundo o reitor da Basílica, padre Edson Menezes, cerca de oito mil passaram no local pela manhã. “Cada dia o número aumenta. As pessoas vêm pedir proteção do Senhor do Bonfim, é uma atitude muito salutar”, comentou. Ao todo foram celebradas dez missas, das 6h às 17h. Na terceira missa do dia, celebrada pelo próprio padre Edson, foram entoados cânticos como Hosana nas Alturas, Marcas do que Se Foi e o Hino do Senhor do Bonfim, que foi trilha sonora para o percurso da imagem até o palco. No caminho, os devotos se aglomeravam na tentativa de tocar o ícone e levantavam objetos para receber a bênção. Os mais comuns eram chaves de carro, carteiras de trabalho, crachás, fotos e terços. “Atrai dinheiro né?”, brincou o motorista Roque Menezes, 61 anos, que levantou a carteira. Ele também esteve presente na última sexta-feira do ano. “É para terminar bem e começar bem, com muita graça, saúde e força”. Emocionada, Vera Lúcia Reis, 54, não conseguiu conter as lágrimas diante da música Derrama Senhor. Ela lembrava do filho, que sofria de epilepsia e ficou saudável depois do pedido ao Senhor do Bonfim. “Faz 23 anos, ele ficou nove anos sofrendo e hoje não tem mais nada”, lembrou. Eloísa dos Santos, 50, também veio no papel de mãe. “Agradeci o emprego para os filhos. Um já até casou, só falta eu”. Questionada se não iria pedir um marido, ela sorriu: “Não, isso eu deixo para Santo Antônio”. Na ocasião também foram espalhadas dez caixas para o depósito de pedidos.
Michele Santana caprichou no texto, depois de muito tempo escrevendo, ela explicou o motivo: “Estou pedindo para todos os irmãos. Pedi para que eles consigam tomar tendência na vida”.Os pedidos serão abençoados pelo Senhor do Bonfim e cremados na próxima sexta-feira. O objetivo é que a fumaça chegue aos céus. Na Igreja do Bonfim também não poderiam faltar as tradicionais fitinhas atadas à grade. O empresário Moysés Cafezeiro usou as fitinhas não para pedir, mas agradecer. Ele é o presidente da Cooperativa de Produtores e Artigos Religiosos e Culturais na Bahia (Cooparc) que começou a produzir a fita no modelo original, branca, de algodão e com apenas o nome colorido. “Prometi que se o negócio desse certo, eu iria distribuir 2 mil fitinhas. Essa ideia foi minha. A qualidade é bem melhor, o tecido também. Está fazendo muito sucesso em hotéis, só não vendo aqui porque já tem muito assédio”. Segundo ele, na Lavagem do Bonfim, serão distribuídas 15 mil fitinhas da cooperativa. O modelo custa R$ 1. Na celebração da primeira sexta do ano, a Pastoral do Bonfim também aproveitou para vender os kits que devem ser usados na Lavagem do Corpo e Alma. A caminhada voltada para os católicos sairá às 8h no dia 16 de janeiro, à frente do tradicional cortejo das baianas da Lavagem do Bonfim.O kit, composto por boné, água para ser abençoada e camisa, é vendido por R$ 30 e terá a renda revertida para o projeto Bom Samaritano, que auxilia pessoas carentes. Matéria original: Correio 24h Devotos vão à Igreja do Bonfim para agradecer as graças alcançadas e renovar pedidos para 2014
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade