O coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca-Bahia), Waldemar Oliveira, acha que o percentual de menores consumindo crack nas ruas de Salvador é maior.
“Acredito que 90% das crianças que estão na rua são usuárias. Antes, eles cheiravam cola de sapateiro. Hoje usam crack porque é mais fácil e barata”. Segundo Oliveira, as crianças são alvos fáceis para o tráfico. “O crack forma verdadeiros zumbis, debilitados e destruídos. Isso nas crianças tem um peso muito maior. O crack nas crianças é uma chaga aberta no coração da cidade. Precisamos tratar da forma adequada”, destaca.
Leia mais:Metade dos menores de rua é viciada em crack
Por sua vez, a coordenadora regional na Bahia do Movimento População de Rua, Maria Lúcia Pereira, vê como elevado o cálculo de mais da metade dos menores em situação de rua como usuários de crack. “Nem todo mundo que está na rua usa droga. Pensar assim é um equívoco”, avalia.
ApoioPara Maria Lúcia, independentemente do número de viciados nas ruas, a assistência do poder público é falha. “Não há um lugar adequado para o tratamento de uma criança. Há uma falha na rede de assistência psicossocial aos usuários de droga. Só se pensa em abrigos, sem ter uma preocupação com o amparo social e emocional no decorrer do tratamento”, critica.
Matéria original do Correio
Especialista acha que número de viciados em crack pode ser maior
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