Desaparecido desde a manhã de segunda-feira (30), o músico e compositor baiano Tuzé de Abreu, 70 anos, foi encontrado dormindo no estacionamento do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML). Segundo familiares, o artista saiu de casa dirigindo um carro modelo Gol branco (placa PKQ-9482) e, desde então, não tinha dado notícias. Preocupada, a família do artista procurou por ele em hospitais e locais públicos e chegou a registrar queixa na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) na manhã desta terça-feira (1º).
[Atualização: Às 10h13, o CORREIO publicou uma matéria sobre o desaparecimento do músico; porém, às 10h20, a família informou que ele foi encontrado]
"Acabamos de confirmar que ele está no Nina Rodrigues, onde trabalha. Estamos indo encontrar ele", contou a filha dele, Rosa Abreu, ao CORREIO. Segundo familiares, Tuzé dormiu no estacionamento e está sendo atendido por médicos, mas está bem.
"Ele saiu pela manhã por volta das 6h da manhã. Minha mãe achava que ele poderia ter ido até a escola de Música da Universidade Federal da Bahia (Ufba), mas não conseguimos confirmar a informação. Ele saiu de casa sem celular e buscamos em todos os lugares. Como esse comportamento não é do perfil dele, pedimos que quem tivesse alguma notícia dele entrasse em contato conosco", completou.
Cantor, compositor e instrumentista, Alberto José Simões de Abreu - o Tuzé de Abreu - é músico e médico por formação acadêmica. Atualmente, é flautista da Orquestra Sinfônica da Ufba (Ufba) e já tocou e teve composições gravadas por nomes renomados, como Doces Bárbaros, João Donato, Walter Smetak, Moraes Moreira, Luís Melodia, Cauby Peixoto, Chico Buarque, entre outros. Além disso, é amigo próximo de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Participa ativamente tanto da música popular quanto da música erudita instrumental e da vertente experimental.Em um blog, Tuzé escreveu sobre a relação com os Novos Baianos. Confira trecho do relato: "Tive muitas aventuras com os Novos Baianos. Não lembro se primeiro conheci Morais e Galvão (meus rivais nos festivais de música da época, como Gereba, Patinhas/João Santana, Antônio Carlos e Jocafi, Rosa Passos, Walter Queiroz, Márcio Bartillotti, Antônio Carlos Sena e tantos outros) ou Paulinho Boca, que era o cantor da orquestra onde eu tocava. Lembro que apresentei Paulo a Morais e Galvão numa casa onde morei – e onde veio parar Bernadete, futura Baby Consuelo (mais tarde Baby do Brasil), no esplendor dos 17 anos. Foi a primeira casa que ela conheceu na Bahia. No primeiro show maior feito por eles, “O desembarque dos bichos após o dilúvio”, no teatro Vila Velha, eu participava cantando Meteorango Kid. Era muito bom cantar acompanhado por Pepeu e Jorginho Gomes. Não lembro se Didi já estava. Este show era muito original. Nós cantávamos muitas vezes mascarados. Eu fazia um certo charme. Dizia que tocassem a introdução que eu entraria. Mas nem sempre dava para chegar no início do show: às vezes, combinado com Olga Maimone, atriz que morava no teatro, eu chegava pela porta dos fundos, que dava para a rua da Gamboa, botava uma das muitas máscaras que eles tinham à disposição e entrava quando estavam tocando a introdução de Meteorango. E saía logo depois de acabar a música, pela mesma porta".Veja também:
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Redação iBahia
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