A defesa da médica Kátia Vargas Leal alegou que ela estava dopada quando deu o primeiro depoimento sobre o caso. O argumento foi apresentado no segundo dia do julgamento, nesta quarta-feira (6), e depois de a acusação dizer que os depoimentos da médica foram contraditórios. Ela está sendo acusada de provocar o acidente de trânsito em que resultou na morte dos irmãos Emanuel e Emanualle Gomes, 21 e 23 anos, em outubro de 2013.
Kátia Vargas ficou ferida no acidente e foi socorrida para o Hospital Aliança, de onde saiu 12 dias depois para prestar o primeiro depoimento sobre o caso. Segundo o advogado Rodrigo Dall'Acqua, que representa a médica, ela estava tomando medicação contra náuseas, na veia, e um analgésico, Tramal.
"Também estava tomando Rivotril e um ansiolítico, e ainda foi acrescentado Tilex, outro analgésico. E foi acrescentado um remédio para mudança de humor, e um remédio utilizado para transtorno do pânico, e um sétimo remédio indutor do sono. Nessas condições, quando a senhora saiu da penitenciária, para prestar depoimento, a senhora tinha condições de relatar exatamente o que aconteceu?", perguntou Rodrigo, durante o julgamento, nesta quarta.
A médica respondeu que não. Ela disse também que os médicos que a atenderam após o acidente diagnosticaram histórico de concussão cerebral e amnésia. "Não sou eu que estou falando. É o laudo médico", afirmou.
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O advogado José Luis de Oliveira Lima, que também representa Kátia Vargas, disse que ela "estava completamente dopada. Você não tinha condições (de prestar depoimento)".
Todas as dez testemunhas foram ouvidas no primeiro dia do julgamento, na terça-feira. Na manhã desta quarta, foi a vez da ré Kátia Vargas ser ouvida pela juíza e os sete jurados. Nesta tarde, defesa e acusação estão debatendo o caso. Essa será a última etapa antes do júri decidi pela condenação ou absolvição da médica.
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Redação iBahia
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