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O presidente da Câmara Municipal de Salvador, vereador Paulo Câmara (PSDB), falou sobre o botão do pânico e sobre o cenário político para as eleições de outubro durante entrevista a Emmerson José e Alex Ferraz nesta quinta-feira (27). A expectativa para o anuncio do nome que vai encabeçar a chapa da oposição nas eleições majoritárias de outubro pode ter fim na próxima semana, segundo Câmara. O vereador afirmou que qualquer um que for escolhido - o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ou o ex-governador Paulo Souto (DEM) – estará gabaritado para a disputa com chances de vitória. “São dois candidatos qualificados. Acho que o importante é não perder a unidade, só vamos enfrentar com unidade e apresentar um projeto exequível, temos dois fortes candidatos e ACM Neto está liderando o projeto, com todas as prerrogativas. Acho que até segunda-feira [o prefeito] tomara essa decisão, mas o importante é que os partidos vão marchar unidos”, esclareceu o presidente. Sobre um possível racha, caso Geddel não seja o escolhido, Câmara disse acreditar que isso não acontecerá, pois a fragmentação da oposição pode enfraquecer a eleição. “Se você tiver esse pensamento de fragmentar entrega de bandeja a eleição para o Governo do Estado. Acho que tem que ter esse sentimento, pode ficar ressentimento, mágoa, mas o importante é ter um projeto maior e alguém tem que ceder”, avaliou o tucano. Câmara negou também, uma mudança de última hora na indicação para a vaga do Senado, com a sugestão do nome do deputado federal Antônio Imbassahy. “Ele hoje é líder nacional do PSDB e tentará a reeleição”, disse. No entanto, falou que se conversas estão ocorrendo nesse sentido, ele não está sabendo. Sobre uma possível adesão do deputado estadual Marcelo Nilo (PDT) – presidente da Assembleia – à oposição, o vereador disse que será bem-vindo.
Botão do pânicoCâmara destacou que a Bahia é o segundo estado brasileiro com maior índice de violência contra a mulher e se inspirou em um ação aplicada no Espírito Santo, onde as mulheres que sofreram agressão física dos companheiros recebem um dispositivo para ser acionado quando se sentirem ameaçadas pelos agressores. “De janeiro a junho de 2013 foram registrados 1486 casos, já que tem mulher que não denuncia ainda por medo. Pensando nisso, fui conhecer essa experiência e o que chamou atenção é que é uma ideia simples, de combate e que reduziu mais de 30% da violência contra mulher no Espírito Santo e chegou a coibir uma morte”, ressaltou o vereador. O tucano buscou inovar o botão do pânico transformando em um aplicativo, que pode ser baixado em smartphones, apenas para mulheres que estejam cadastradas na Secretaria de Justiça por terem sofrido violência doméstica. “Basta agora um simples convênio, mas para ter acesso ao botão do pânico, haverá triagem. Essa é a minha contribuição para tirar a Bahia do 2 estado com feminicídio do País”, frisou.
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