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Corpo de Augusto Omolú será enterrado nesta terça (04) |
O corpo do bailarino Augusto Omolú, que foi encontrado morto no último domingo, 2 de junho, será velado no Foyer do TCA na tarde desta segunda-feira, 3 de junho. Já o sepultamento ocorrerá na terça-feira, 4 de junho, no Cemitério da Ordem 3ª Secular de São Francisco, às 11h30.
Veja também:Teatro Castro Alves e Funceb soltam notas de pesar sobre morte de bailarinoBailarino Augusto Omulu é encontrado morto em casa na região de Buraquinho Segundo nota emitida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim, acionou pessoalmente Maurício Barbosa, secretário de Segurança Pública da Bahia, e solicitou rigorosa apuração do crime.
Confira a nota na íntegra enviada à imprensa: "A Secretaria de Cultura (SecultBA), a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) e o Teatro Castro Alves (TCA) se unem nas condolências pela perda do grande bailarino, coreógrafo e educador Augusto Omolú, cujo corpo será velado no Foyer do TCA na tarde desta segunda-feira, 3 de junho de 2013. A casa que abrigou tanto da atuação deste artista se comove em receber familiares e amigos neste momento. O sepultamento ocorrerá amanhã, terça-feira, 4 de junho, no Cemitério da Ordem 3ª Secular de São Francisco, no turno matutino, em horário a ser confirmado. O secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, foi acionado pessoalmente pelo secretário de Cultura, Albino Rubim, que solicitou rigorosa apuração do crime que vitimou Augusto Omolú, encontrado morto em sua residência, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã de ontem. Com uma história profissional de mais de 30 anos, iniciada como aprendiz de Mestre King e Emília Biancardi, este soteropolitano, ícone da dança brasileira, com carreira internacional reconhecida, era especialista em danças afro-brasileiras. Omolú integrava o Balé Teatro Castro Alves (BTCA) também desde a década de 1980. Ao lado do curador artístico da companhia, Jorge Vermelho, estava vivendo um processo de transição para ocupar o posto de assessor artístico do grupo. “É uma tristeza muito grande. O BTCA fica vazio. Augusto Omolú sempre foi muito intenso, de alegria contagiante, uma presença que só fazia somar. Era uma figura de muita produtividade, amigo e companheiro muito importante. Resta-nos a indignação diante da violência que assola o país. Fico muito triste de receber e compartilhar esta notícia com a classe da dança da Bahia”, lamenta Jorge Vermelho. Comprometido, íntegro e querido por todos, Omolú retornou ao Brasil há cerca de dois anos, após viver na Dinamarca como membro do Odin Teatret, fundada e dirigida por Eugenio Barba, uma das mais importantes e respeitadas companhias do mundo. Desde então, estava atuando como professor da Escola de Dança da FUNCEB, onde ministrava aulas de qualificação profissional e de cursos livres a partir de sua pesquisa e trabalho com a dramaturgia da dança dos orixás, compreendida não apenas como técnica, mas também como um pensamento que ele sistematizava com cada vez mais competência. “Estamos perdendo não apenas o Augusto artista, mas o Augusto educador. Um cidadão comprometido com a arte e com a educação baseada na inclusão de crianças e jovens. Tive a felicidade de conhecê-lo e conviver de perto com ele e com a sua sensibilidade durante os últimos dois anos”, afirma Beth Rangel, diretora da Escola de Dança e do Centro de Formação em Artes da FUNCEB, que acredita que os ensinamentos deixados por Omolú ficarão marcados em muitos seguidores e admiradores. Durante o período na Escola, ele articulou parcerias com ações como o Projeto Axé e buscava encontrar soluções para a inserção dos alunos na sociedade, numa luta contra a exclusão e a violência. “Ele era um artista brilhante e um professor de mão cheia. Voltou de sua temporada estrangeira ainda melhor enquanto pessoa e artista. Eu o vejo de forma muito diferenciada. Com uma atuação peculiar no que diz respeito à ligação da questão artística à questão humana. Não são todas as pessoas que têm esta habilidade de unir pessoas e grupos, nem mesmo tamanho respeito à coisa pública, ao espaço público”, completa Beth."