Que Salvador é coisa de cinema todo mundo sabe. O que muita gente ainda não sabia era a quantidade de bairros sensacionais da cidade que já serviram de locação para filmes. Saímos em busca deles e acabamos fazendo um passeio delicioso por Salvador, descobrindo cantinhos que serviram de inspiração para o cinema local e nacional.
A inspiração veio da blogueira alemã Andrea David, especialista em turismo de cinema (sim, isso existe!!) e dona de um de um dos perfis de Instagram mais legais que a gente conhece, o @filmtourismus. Vale a pena dar uma passeada pelo projeto dela também.
A escolha dos filmes foi baseada na importância histórica de cada um deles e na ideia da gente poder rever Salvador de uma forma diferente, afinal, nossa cidade é incrível e merece ser conhecida sob todos os ângulos.
Peguem pipoca e refri, a sessão já vai começar :)
Filme: Dona Flor e seus Dois Maridos
Ano: 1976
Local: Largo da Palma
Mais de 40 anos depois das gravações de Dona Flor e seus Dois Maridos, o filme que foi recorde de bilheteria por 34 anos, segue vivo na memória de muita gente. Quem aí não se lembra das peripécias de Vadinho? A gente adorou ver que a casa em que ele e Dona Flor moravam continua igualzinha, com os mesmos azulejos de muitos anos atrás. E ó, está à venda, viu? A gente bem que gostaria de se mudar pra esse clássico do cinema nacional.
Filme: Ó Paí, Ó
Ano: 2007
Local: Pelourinho
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Quer um programa divertidíssimo pra um sábado de tarde? Bar do Neuzão! Tudo bem que você não terá a companhia de Roque, mas poderá reviver as cenas surreais dele e dessa galera que nos mostrou um Pelourinho diferente: engraçado, pulsante e cheio de histórias. Entre um gole e outro de cerveja, você vai logo relembrar Boca querendo fazer treta e soltando o seu velho “certo, brother”? Ó paí que massa!
Filme: O Pagador de Promessas
Ano: 1962
Local: Pelourinho
O filme transformou o dificílimo nome da Igreja Santíssimo Sacramento da Rua do Passo em Igreja do Pagador de Promessas, tal sua importância para Salvador e para a memória cinematográfica nacional. Não é à toa que é o único vencedor brasileiro de uma Palma de Ouro. E se por um acaso você não o assistiu e está desanimado porque ele é todo preto e branco, pode mudar de ideia. O Pagador de Promessas prende a gente do início ao fim e é capaz de dar um colorido especial para aquele seu sábado que pede um filminho.
Filme: Irmã Dulce
Ano: 2014
Local: Santo Antônio Além do Carmo
Irmã Dulce teve sua linda história recontada nos cinemas e a gente jamais deixaria de prestar uma homenagem ao nosso Anjo Bom da Bahia. Além de conhecer de perto a trajetória da única mulher beatificada no Estado, você vai ficar cheio de vontade de conhecer também a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, toda em detalhes barrocos e góticos. Um lugar incrível que só poderia mesmo ter virado cena de cinema.
Filme: Capitães da Areia
Ano: 2011
Local: Comércio
Jorge Amado foi levado com louvor às telonas graças ao talento de jovens moradores de comunidades carentes de Salvador, escolhidos para dar vida aos personagens do filme. Capitães de Areia é um retrato fiel do DNA da Bahia, presente em todas as obras de Jorge. Pena que o local em que foi filmado esteja entregue ao descaso do poder público, mesmo ainda servindo de atracadouro dos muitos pescadores que trabalham por ali. Triste e sem final feliz, né?
Filme: Meteorango Kid
Ano: 1969
Local: Centro
Lula e seus amigos se divertiram horrores pela Rua Carlos Gomes e você pode fazer o mesmo. Se tiver mais de 30 anos então, vai adorar relembrar a famosa lanchonete Baitakão, que já matou a fome de muito estudante que passava por ali. Meteorango Kid exibe um passeio por diversos lugares de Salvador, e você vai ter a oportunidade de ver o TCA, a Faculdade de Direito da UFBA e muitas ruas do Pelourinho na década de 60. Um registro histórico que nos ajuda a entender a Salvador dos nossos pais e avós, feito com maestria pelo icônico diretor baiano Edgard Navarro.
Filme: SuperOutro
Ano: 1989
Local: Centro
Nosso passeio pelo mundo das telonas acaba ali de frente pra Praça do Poeta, no maravilhoso Glauber Rocha, que na década de 80 era todo de tijolinhos vermelhos, um charme à parte. Se você não assistiu SuperOutro e não conhece o Glauber Rocha, não perca mais tempo. Reserve seu próximo fim de semana e vá se aventurar por essa pérola do cinema e por essa maravilha da nossa cidade.
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Redação iBahia
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