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SALVADOR

Comerciante é sequestrada, estuprada e morta em Itapuã

Nadjane morava com o marido havia cerca de 5 anos na mesma rua onde desapareceu

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Redação iBahia

10/07/2017 às 12:27 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:42 - há XX semanas
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Nadjane saiu de casa para comprar feijão fradinho antes de morrerFoto: acervo pessoal

Era por volta das 6h da manhã do domingo (9) quando a comerciante Nadjane Santos de Jesus, 30 anos, foi vista pela última vez na Rua Santos Soares, em Itapuã, na companhia do seu cachorro de estimação chamado Mayck. Horas depois, por volta das 9h30, ela foi encontrada morta, nua, com marcas de espancamento e violência sexual, na estrada CIA/Aeroporto, segundo relatos de familiares da vítima feitos ao CORREIO nesta segunda-feira (10). Nadjane morava com o marido, o encarregado de produção Eviton Gomes, 36 anos, havia cerca de 5 anos na mesma rua onde desapareceu.

O marido da vítima conta que, no dia do desaparecimento, a comerciante acordou por volta das 5h da manhã para comprar um pacote de feijão fradinho e não retornou para casa. O marido só sentiu falta da esposa quando, horas depois, o cachorro retornou sozinho para casa. "Eu vi o momento que ela acordou pra comprar o feijão. Como era muito cedo, coloquei o travesseiro no rosto e voltei a dormir. Achei estranho o cachorro ter voltado para casa sozinho. Foi aí que fiquei desesperado e comecei a ligar pra família e para as amigas dela", conta.

Um dia antes do crime, Nadjane participou de uma confraternização em família na casa de uma irmã. Ela ficou encarregada de preparar um feijão que daria continuidade à festa no domingo. "Ela estava muito feliz, dançando e pirraçando todo mundo, como era de costume. Ninguém imaginava o que iria acontecer com ela. Nova e linda, ainda estamos sem acreditar", diz a cunhada Luana Rodrigues, 20 anos.

Os familiares da vítima acreditam que a comerciante foi forçada a entrar em um veículo antes de desaparecer. "Minha esposa foi forçada a entrar, tenho certeza. Todo mundo conhecia ela e eu tenho convicção que se alguém tivesse visto não teria deixado. Até eu, que sou marido, se me atrevesse a levantar a voz era corrigido pelos vizinhos. Ela tinha um olhar vivo e era amada por todos", diz o marido.

O marido de Nadjane conta ainda que a esposa dizia que o maior medo dela era a morte. "E agora ela chegou. Uma mulher guerreira que costumava segurar as pontas em casa quando eu estava apertado. Não dá pra acreditar", disse.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT), os laudos sobre as causas da morte de Nadjane devem ficar prontos em até 30 dias.

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