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SALVADOR

Com sinalização precária, Salvador precisa melhorar placas

Ausência de informação levou à outros caminhos, com exceção do Bonfim

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06/10/2013 às 15:29 • Atualizada em 31/08/2022 às 7:27 - há XX semanas
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“Após a sinaleira, pega a segunda à direita. Depois, conta três quebra-molas e vira à esquerda. Fica em frente a uma padaria com muro azul”. Se você nasceu em Salvador ou mora na capital baiana há muito tempo, seguramente já recebeu ou deu uma orientação no trânsito parecida com a descrita anteriormente. É hábito da maioria dos soteropolitanos encontrar os lugares através de pontos de referência indicado por amigos. Quem está acostumado a transitar pelas ruas da cidade de carro muitas vezes nem nota a existência de placas que indicam como chegar a bairros e pontos turísticos, mas são elas que vão ajudar a direcionar os milhares de turistas que visitarão Salvador na Copa do Mundo de 2014. A estimativa é que 60 mil estrangeiros desembarquem na capital baiana para curtir as emoções do mundial, que acontece de 12 de junho a 13 de julho. Mas será que os nossos visitantes conseguirão encontrar as belezas e atrativos de Salvador se guiando pelas placas disponíveis em Salvador? O CORREIO foi conferir na prática. Eu, o fotógrafo Robson Melo e o motorista Jair Guimarães passamos uma tarde inteirinha percorrendo as ruas da cidade com o objetivo de encontrar cinco pontos turísticos. Após 83 quilômetros e três horas e meia, a conclusão não é nada animadora.
O turista que tentar encontrar o bairro de Itapuã terá dificuldade se decidir ir direto do aeroporto.
Nosso roteiro começou no aeroporto, às 15h. O bairro de Itapuã foi nosso primeiro destino. De cara, identificamos o primeiro problema. O turista que desembarcar e tiver pressa para conferir a propaganda dos versos que ficaram conhecidos na voz de Toquinho vai desembocar em um cenário bem diferente do retratado na canção Tarde em Itapuã. É que a placa da Avenida Paralela que sinaliza o caminho para o bairro de Itapuã está localizada no local errado e leva, na verdade, a São Cristóvão. Confusão Seguimos para o Pelourinho. Na Avenida Bonocô, há placas indicando o caminho para o Centro Histórico direitinho, mas elas se tornam confusas ao chegar no Vale de Nazaré. Primeiro, uma placa indica que o motorista deve ir reto. Depois, uma outra, pichada e de difícil leitura, que deve dobrar à direita. “Realmente, só é fácil pra quem conhece. Quem vem a primeira vez se perde, principalmente porque as placas são muito próximas umas das outras e confusas”, opina o nosso motorista Jair. Logo após entrar na pista correta, é preciso virar à direita para seguir na direção do Pelourinho. Sem nenhuma placa indicando isso, nós só não nos perdemos outra vez porque Jair conhece Salvador como a palma da mão. Ao chegar à Baixa dos Sapateiros, novamente não encontramos nenhuma placa sinalizando onde deveríamos entrar para o Pelourinho e acabamos indo parar no fim de linha da Barroquinha. Outro problema para o turista. Ao dar a volta e fazer o sentido inverso, aí sim avistamos uma única placa sinalizando o caminho correto. Ao sair do Centro Histórico, no sentido da Rua Carlos Gomes, não encontramos nenhum direcionamento para o Mercado Modelo, nosso terceiro destino. Passamos pelo Passeio Público, Campo Grande e entramos na Avenida Contorno sem encontrar uma placa indicando o caminho para um dos pontos turísticos mais visitados da capital baiana. Finalmente, avistamos uma. Onde? Exatamente em frente ao Mercado Modelo.
Abençoada De lá, partimos para a Igreja do Senhor do Bonfim. Nosso quarto destino foi o único fácil de encontrar seguindo as placas da cidade. O turista que vier a Salvador não vai ter dificuldade para pedir proteção: é indicada até a quilometragem para chegar à igreja mais famosa da Bahia. A maioria tem a indicação escrita em três idiomas: português, inglês e espanhol. Mas o visitante que de lá quiser apreciar o visual do Farol da Barra vai ter um pouco de dificuldade para encontrar o atrativo turístico localizado na orla. A primeira placa indicando o sentido da Barra só aparece na Feira de São Joaquim. Seguimos a sinalização e chegamos ao Vale do Canela, mas não há placa indicando que é necessário virar à direita para pegar a Avenida Centenário e chegar no bairro. Mais uma vez, tivemos que contar com a competência de Jair no volante. Nesse trajeto, até encontramos placas turísticas mostrando como fazer para visitar a Lagoa do Abaeté, mas nenhuma indicando o caminho para o Farol da Barra. Salvador terá 1.880 placas de sinalização para orientação de moradores e turistas, a partir de 2014 Os novos equipamentos, dos quais 260 serão os primeiros do Brasil de caráter interativo, com o uso da tecnologia QR Code, contarão com investimentos de R$ 6.149.000, captados no Ministério do Turismo e disponibilizados pelo governo da Bahia, por meio da Secretaria do Turismo do Estado e Prefeitura de Salvador. O projeto está em fase de conclusão e será entregue este mês à Caixa Econômica Federal, Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e Prefeitura de Salvador para as últimas análises e aprovação final. As fases seguintes serão as de licitação e implantação das placas. A previsão é que os serviços sejam concluídos até a Copa do Mundo de 2014. “Essa verba está disponibilizada desde janeiro, mas não havia projeto executivo. Esse projeto foi contratado e finalizado na primeira semana de agosto e agora estamos preparando a licitação”, afirma o secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador, Guilherme Bellintani. As novas placas serão mais completas, segundo o diretor de projetos da Secretaria do Turismo do Estado da Bahia, Antonio Sergio Sousa.
Matéria original Correio 24h: Com sinalização precária, Salvador precisa melhorar placas até a Copa 2014

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