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SALVADOR

Coco é Floquet: traficante faz parte da família que comanda tráfico no Alto das Pombas

Anteontem, Edeilson da Silva Miranda, 22 anos, o Coco, tornou-se alvo dos holofotes ao ser preso no Subúrbio

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26/08/2011 às 9:08 • Atualizada em 27/08/2022 às 22:23 - há XX semanas
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Na França, no período medieval, quem carregava o sobrenome Floquet podia ostentar até brasão. O sobrenome francês significa penacho ou tufo de plumas, em referência aos adereços que eram usados pelos nobres medievais. A história nobre do nome, no entanto, não se aplica para os Floquet que moram há mais de 30 anos na Baixa do Bispo, no Alto das Pombas. “Todo esse tempo sem paz. Já perdi a conta de quantos da família foram mortos ou presos só porque carregam esse sobrenome”, resume uma integrante da família marcada pelas manchetes policiais. Anteontem, Edeilson da Silva Miranda, 22 anos, o Coco, tornou-se alvo dos holofotes ao ser preso no Subúrbio. Ele ganhou fama pela ação de uma de suas primas que durante incursão policial ao ser perguntada por um repórter do programa de TV Na Mira, onde estava Coco, bateu na genitália, dizendo “Olha Coco aqui ó”. A frase virou hit na internet com mais de 1 milhão de acessos no Youtube.
Quando sua família ganhou espaço no noticiário policial, em 1987, ele nem era nascido. A mãe de Coco, Simone Floquet - que em 16 de abril de 2007 foi condenada a três anos e seis meses de prisão pela 1ª Vara Crime de Tóxicos - decidiu não macular o nome do filho com o estigma. “Quem carrega o sobrenome Floquet ou mesmo que não tenha o nome, mas pertence à família, é sempre taxado de vagabundo e bandido. Toda família hoje paga pelo erro cometido no passado”, desabafa a tia de Coco, que trabalha como manicure e vendedora. Ela tem três filhas e conta que elas só conseguiram trabalho por não terem o nome no registro. “Se tivessem iam ser igual a todas nós que colocamos currículos em vários lugares e mesmo com qualificação não somos chamadas”. Fama A ligação dos Floquet com os holofotes do crime começou quando uma guarnição da PM comandada pelo tenente Paulo Cunha invadiu o Calabar, atrás de ladrões de carro. Três homens foram presos - dois deles apareceram mortos - e o encanador Jorge Luiz Floquet, nunca foi achado, embora um fotógrafo do extinto Jornal da Bahia, Paulo Neves, tenha registrado sua imagem sendo levado pelos policiais. Desde então, outros membros da família envolvidos em tráfico e roubos a bancos foram mortos. Entre eles, o assaltante de banco, José Floquet, vulgo Negão, e Leandro Floquet, acusado pela polícia de ser o mentor de chacina do Alto das Pombas, em junho de 2008. Agora, Coco foi preso sob a acusação de ter matado o taxista Jailson Santos de Jesus em dezembro de 2010. Contudo, a família e amigos contestam. “Na hora do crime ele estava na igreja. A polícia não nos ouviu. Vimos ele antes do crime”, diz o pedreiro Carlos Alberto Silva Dias, amigo da família. A tia de Coco denuncia que os autores reais do homicídio são um homem de prenome Gilberto, que atualmente mora na Santa Cruz, e uma mulher chamada Thais. A família de Coco entregou ao CORREIO uma foto de Thais que foi enviada ao Disque Denúncia da Secretaria da Segurança. O delegado Gesta Demerval, do Departamento de Homicídios, que está com a investigação da morte do taxista, foi procurado para comentar as denúncias da família, mas não atendeu às ligações.

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