A chef de cozinha e comunicadora baiana Lili Almeida, usou as redes sociais para relatar um episódio traumático vivido por ela em Salvador, na última semana. Em vídeo, a apresentadora, dona de um perfil nas redes sociais com mais de 945 mil seguidores, conta aos seguidores ter sido alvo de uma abordagem policial violenta na capital baiana.
Segundo Lili, o caso aconteceu na região do aeroporto, em Salvador. A chef conta que estava com a filha dentro do carro, por volta das 23h, quando foi surpreendida por um agente policial que a abordou com uma arma na cabeça.
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"Passei por uma abordagem policial bem violenta em Salvador, e eu fiquei bem mal com isso. Tava reparando ontem que eu estava aqui na rua e a viatura passou do lado do carro que eu estava e eu tranquei a minha mão, é muito ruim", contou.
Na gravação, a chef ainda faz um alerta para um seguidor e pede para que não faça brincadeiras envolvendo policiais, pelo trauma que ainda não foi superado.
"Ficar fazendo brincadeira com polícia na minha frente está me machucando muito, porque a gente não pode brincar não. Me vi em uma situação assim, da arma apontada para a minha cabeça, foi totalmente desnecessário", disse.
Lili relata que estava fora de casa desde cedo no dia da episódio e que não viu necessidade de uma abordagem tão violenta quanto a que aconteceu com ela.
"Eu estava com minha filha, ela estava chorando muito soluçando. Eu sou trabalhadora né gente, nesse dia que isso aconteceu, era 23h30 da noite, eu tinha acordado 6h da manhã para ir trabalhar. Fiquei muito triste que ele estava me tratando daquele jeito por eu ser uma mulher preta. Eu moro em um bairro de boy, um bairro de classe média e eu tenho certeza que se eu descesse do carro, uma mulher loira, ele não teria feito isso."
A chef explicou para os seguidores como aconteceu a abordagem. Lili conta que voltava do aeroporto, de onde foi buscar a filha, em um carro de aplicativo, quando foi surpreendida pela arma na janela do carro.
"Peguei minha filha no aeroporto, ela chegou de viagem bem tarde da noite. Chamei um Uber no aeroporto, a minha casa é a 10 minutos do aeroporto, quando estava passando na entrada, tinha uma viatura parada em um lugar escuro e a viatura já parou, bicou com o carro e eu não vi. O carro estava todo fechado, quando eu entrei eu pedi para o motorista abrir a janela, estava só a minha janela aberta. Quando eu vi, tava o policial 'para para para' e ele já estava na minha janela com a arma na minha cabeça."
Lili conta que o policial ainda xingou ela quando pediu para ter calma pela criança que estava no carro: "Criança é uma desgraça. Só por aí você já... [Ele disse] 'Desce do carro todo mundo com a mão na cabeça', inclusive minha filha que tem 14 anos de idade, teve que passar por isso também. Policial completamente desnecessário. Ainda gritou comigo, me chamando de vagabunda, de desgraça, com a arma na minha testa".
A chef disse ainda ter percebido que dos três policiais, dois pareciam conhecer ela pelo comportamento durante a ação. "Eu sei que meus vídeos circulam no pessoal da polícia, que eles debatem sobre as coisas que falo."
Emocionada, Lili falou sobre o medo que teve de morrer e criticou a conduta da Polícia Militar da Bahia.
"Me senti péssima porque foi na frente da minha filha, me senti humilhada. Ao mesmo tempo fiquei pensando que se estivesse sozinha ele teria atirado. E ao mesmo tempo fico pensando em como essa polícia que foi criada para proteger é despreparada."
AUTOR
Redação iBahia
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