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1.790kg de alumínio, 700kg de papelão, 700kg de plástico (do tipo PET), 600kg de plástico filme (do tipo PEBD). Esse é um resumo parcial do material reciclável coletado e prensado em três noites de Festival de Verão. Para que isso seja possível, o Centro de Triagem (espaço dedicado a uma das ações de sustentabilidade do evento) trabalha 24 horas por dia com mais de 200 agentes que limpam, recolhem e direcionam o lixo gerado pelo público no Parque de Exposições. A Copebrava é a cooperativa contratada pelo Festival para realizar o serviço. Moisés Leão, o assessor técnico da associação, fala ao iBahia sobre como esse processo é feito. “Temos pessoas coletando lixo o tempo todo aqui, mas nos intervalos dos shows (no Palco Principal) o trabalho é intensificado”, explica Leão. Ele conta que este ano a estrutura do evento voltada para o trabalho de reciclagem é a maior dos últimos quatro anos – período em que a Copebrava presta serviços para o Festival. “Hoje deu bem pra dimensionar que melhorou muito”, avalia. A demanda de trabalho era tão grande que o quadro de profissionais foi modificado. “Trabalhamos com 60 catadores (45 à noite e 15 de dia) mas hoje tivemos que aumentar para 70”. A Copebrava é uma coletiva fundada em 2003 por ex-catadores do lixão de Canabrava. Localizada ao lado do Barradão, a cooperativa proporcionou um desenvolvimento no trabalho deles, opina Moisés. “Eles realmente se profissionalizaram nesse processo de trazer o lixo para a cadeia produtiva”. Os trabalhadores fazem pré-seleção do material colhido, levam-no para o Centro, onde o lixo é separado pelas propriedades químicas e pelas cores. “A gente trabalha com uma faixa de sete tipos de plástico, mas aqui são quatro”. São eles: garrafas PET, PEBD (Polietileno de Baixa Densidade), PP e PS (ambos são tipos de copos). O material separado é compactado numa prensa, estocado e ao final da noite ele é retirado para ser comercializado pelas indústrias de reciclagem. A venda do que for produzido é, então, revertida para aumentar a renda dos catadores. Sobre a conscientização do público do Festival, Moisés comenta que é difícil atingir um público tão grande (estimado em 50 mil pessoas por dias). “Apesar disso, a gente tá vendo que tá chamando bastante atenção do público”.