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SALVADOR

Caso Marleide: Funcionário do Exército confessa participação no crime

Os restos mortais que seriam dela foram encontrados ontem à tarde pela polícia, em Mar Grande, na Ilha de Itaparica

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30/07/2011 às 9:00 • Atualizada em 28/08/2022 às 9:23 - há XX semanas
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A poucos dias de completar um ano, as buscas pela engenheira ambiental Marleide de Oliveira Junqueira, 37 anos, desaparecida desde agosto do ano passado, têm todos os indícios de que chegaram ao fim. Os restos mortais que seriam dela foram encontrados ontem à tarde pela polícia, em Mar Grande, na Ilha de Itaparica. Um funcionário do Exército, que admitiu ter participado da ocultação do cadáver, levou os agentes da 11ª Delegacia, em Tancredo Neves, ao local - uma área de Mata Atlântica, onde encontraram uma ossada humana. Os ossos foram distribuídos em três caixas, sinal de que a vítima fora esquartejada. A confirmação de que o corpo é de Marleide só acontecerá após a realização de exame de DNA. De acordo com fontes da Secretaria da Segurança Pública, o funcionário do Exército declarou que o ex-namorado da vítima, Antônio Luís Santos, 42 anos, matou Marleide após desferir um soco. Com o impacto, a engenheira caiu e bateu a cabeça, morrendo no apartamento dele no Doron - local preferido do casal para namorar. Prova Antônio está preso na Unidade Especial Disciplinar (UED) do complexo penitenciário de Mata Escura. Procurado pelo CORREIO, o delegado Adailton Adan, titular da 11ª DP e responsável pela investigação, confirmou que há uma lesão grande no crânio encontrado na ossada. “Indício que esse corpo sofreu uma pancada na cabeça. Se o corpo for realmente de Marleide, a prova material derruba a negativa de autoria alegada pelo acusado”, disse o delegado. Em novembro passado, mesmo sem a polícia ter encontrado o corpo, Antônio foi indiciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e pelo aborto realizado em Marleide, que estava grávida dele. Na época, a Justiça entendeu que Antônio era responsável pelo sumiço da engenheira, já que, segundo testemunhas, ele foi a última pessoa vista com ela. Marleide desapareceu misteriosamente no dia 21 de agosto. Saiu de casa sem documentos e disse que encontraria o namorado. Antônio foi preso um mês depois, quando se apresentou espontaneamente na delegacia sem saber que havia um mandado de prisão contra ele. No depoimento, alegou que estava em companhia de Edneuza Barboza e o filho de 8 meses no dia do desaparecimento de Marleide. Mas seu álibi não se sustentou já que a própria Edneuza negou a versão. OssadaA polícia chegou à Ilha de Itaparica à tarde, junto com o funcionário do Exército que revelou o local exato onde o corpo de Marleide foi deixado. Depois de andar por alguns minutos numa área de Mata Atlântica, situada em frente a uma empresa de ônibus, os policiais encontraram os restos mortais. Os ossos estavam no chão, separados em três montes. “Encontramos vestígios de caixas, que se deterioraram com a ação da umidade”, disse o delegado. Os ossos foram recolhidos para análise no Departamento de Polícia Técnica de Santo Antônio de Jesus. O laudo deve sair dentro do período mínimo de 30 dias. Sem dar detalhes do caso, o delegado disse que a situação do funcionário do Exército no inquérito ainda não está definida. O rapaz declarou que foi ameaçado de morte por Antônio para ocultar o corpo, que seria de Marleide.
Quando foi preso, Antônio se disse um dom-juan
TelefoneSegundo fontes da SSP, Antônio confessou ao funcionário do Exército, seu amigo, que no dia 23 de agosto matou Marleide em seu apartamento no Doron. Durante uma discussão, ele desferiu um soco no rosto da engenheira que, durante a queda, bateu a cabeça em um objeto, vindo a morrer no local. No dia seguinte, Antônio contou com a ajuda de um taxista para transferir o corpo do apartamento para o porta-malas do veículo, usado para levar a vítima até a Ilha. No mesmo dia, ligou para o amigo, pedindo ajuda para resolver um problema urgente. A caminho da Ilha, o amigo chegou a reclamar do mau cheiro que vinha do porta-malas do veículo. “O que é isso? É camarão, é?”, disse. Segundo depoimento do amigo, Antônio teria sacado uma arma e ameaçado caso não o ajudasse. Antônio teria dito ainda que iria matar o amigo caso ele falasse sobre o crime. Já o taxista, morreu meses depois em acidente de trânsito.

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