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Os parentes de Marleide de Oliveira Junqueira, 37 anos, ainda têm esperança de que os restos mortais encontrados pela polícia na sexta-feira à tarde não sejam da engenheira ambiental desaparecida desde 21 de agosto de 2010. O resultado do exame de DNA que vai definir se a ossada encontrada é de Marleide deve sair em 30 dias. A espera deixa os familiares angustiados. Ontem pela manhã, o tio da engenheira, o comerciante Gilvalter Dias, 42, esteve com o delegado Adailton Adan, titular da 11ª Delegacia (Tancredo Neves), que cuida do caso. “Apesar de o delegado ter falado que há 80% de chances de a ossada encontrada ser da minha sobrinha, a família está se apegando aos outros 20% e pedindo a Deus para que ela esteja viva”, diz. A irmã de Marleide, a comerciária Meire Junqueira, 39, reforça: “Não queremos sofrer por antecipação. Temos que acreditar”, ressalta. O delegado, porém, considera fortes os indícios de que os ossos sejam de Marleide. “O fato de uma testemunha ter nos levado até o local nos dá praticamente a certeza de que a ossada é dela. Se o exame confirmar, o caso será encerrado pela polícia”, afirma. A polícia encontrou a ossada após ser conduzida ao local - uma área de Mata Atlântica, na Ilha de Itaparica - por um funcionário do Exército que admitiu ter participado da ocultação do cadáver, após ele e um taxista sofrerem ameaças do ex-namorado de Marleide, Antônio Luís Santos, 42.Os dois foram obrigados a carregar três caixas onde estavam partes do corpo e escondê-las no mato. As testemunhas não tiveram os nomes divulgados. Segundo fontes da polícia, o taxista teria morrido meses depois em acidente de trânsito. Já o funcionário do Exército declarou que Antonio deu um soco em Marleide. Com o impacto, ela caiu e bateu a cabeça, morrendo no apartamento do ex-namorado, no Doron. Antonio está preso desde setembro.