Os dois jovens gays que foram roubados e espancados no último sábado à noite na Estação Pirajá, em Salvador, são aguardados na 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves) para prestarem depoimento sobre o episódio. De acordo com informações da Polícia Civil, o casal registrou ocorrência na unidade por volta das 19h de ontem, mas volta à delegacia para dar mais detalhes sobre a agressão, que teria sido cometida pelo fato de serem homossexuais. Além das vítimas, o delegado Guilherme Machado, responsável pelas investigações do caso, os ambulantes que trabalhavam no local na hora em que os dois jovens foram agredidos serão convocados para prestar depoimento na 11ª DT. Thyago Souza, de 24 anos, vítima das agressões, compartilhou a situação no Facebook. "Ontem a noite eu e meu amor passamos por momentos terríveis de medo, pavor e desespero. Fomos perseguidos e espancados na estação Pirajá. Meu amor teve a cabeça aberta por um objeto que eles o acertaram com tamanha brutalidade. Todos estavam com facas", relatou. Os dois tinham acabado de descer do ônibus quando foram atacados. Uma das vítimas foi imobilizada com murros e teve a pochete roubada e o outro teve a cabeça golpeada com um pedaço de madeira e precisou tomar pontos no local. Thyago acredita que o roubo não foi o principal motivo do ataque porque os bandidos não levaram duas mochilas que estavam com o casal. A estação estava cheia no momento, mas ninguém fez nada para ajudá-los, segundo as vítimas. Além dos depoimentos, a polícia vai verificar se existe circuito interno de segurança na Estação Pirajá. Em caso positivo, as imagens deverão ser requisitadas para identificar os autores das agressões, que responderão pelos crimes de lesão corporal e roubo, uma vez que a bolsa, com objetos pessoais de uma das vítimas, também foi roubada durante a ocorrência.
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