A escala do final de semana está no mural, mas ter blitz da operação da Lei Seca é outra história. Sem dinheiro para o pagamento das operações especiais, a Transalvador resolveu apelar para 30 servidores com cargos de confiança no órgão e comissionados para realizar as fiscalizações de alcoolemia aos sábados e domingos.
A informação foi confirmada pelo gerente de trânsito do órgão, Janivaldo Rosário. “Alguns têm, sim (cargos comissionados ou de confiança). Estou chamando supervisores que são habilitados a fazer o trabalho de agentes. A maior parte do nosso quadro é de agentes”, afirmou. Segundo ele, neste final de semana foram convocados 12. No entanto, ainda é incerto se haverá blitz de alcoolemia. “É provável que não tenha por falta de pessoal, em razão dessa manifestação do sindicato. Convoquei e espero que apareçam”, pontuou. Já o presidente da Associação dos Servidores da Transalvador (Astran), Adenilton Júnior, diz que os associados não pensam em trabalhar até que a dívida de R$ 200 mil com eles seja quitada. “Eles (os servidores com cargo de confiança) estão trabalhando para tentar amenizar e por medo de perder o cargo. Da nossa parte, continuamos sem trabalhar nos finais de semana e em operações especiais até que a dívida seja quitada pela Transalvador”, ressaltou. O CORREIO percorreu as ruas da cidade nos dias 21 e 22 de julho durante a madrugada e não encontrou um posto de fiscalização sequer. Domingo passado, a Transalvador realizou blitz, segundo o presidente da Astran, “como uma resposta à reportagem do CORREIO”. “Eles tinham que dar satisfação de alguma forma. Quem foi trabalhou de graça”, reforçou Adenilton. Ele assegurou que os agentes estão recebendo pagamento de operações especiais. “Quem vier trabalhar vai receber. Essa história de perda de cargo é especulação”, garantiu. Janivaldo explicou que o órgão de trânsito dispõe apenas de um grupo fixo para as blitze. “Essa equipe trabalha um final de semana e folga outro. Nessas folgas, escalamos outros agentes para fazer as operações”, disse. O gerente de trânsito preferiu não comentar o atraso do pagamento das operações especiais. “A minha parte é operacional”, disse. Segundo Adenilton Júnior, o titular da Transalvador, Renato Araújo, ainda não apresentou propostas para quitar a dívida. “Nem sinal de negociação. A categoria não tem noção de quando vai receber os atrasados”, emendou. O titular da Transalvador avisou por assessoria que não falaria.
Mesmo com a participação dos comissionados, não há a confirmação da realização das blitze neste final de semana |
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