A banana se tornou um vilão na cesta básica em Salvador. No acumulado dos últimos 12 meses, o preço da fruta subiu 58%, seguida do arroz agulhinha (31,92%) e do café em pó (28,06%) que também registraram alta. Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) nesta quinta-feira (5).
De fato, o ditado 'a preço de banana' está longe de ser aplicado. Destacamos isso, porque a tendência é de alta. Entre julho e agosto, a banana teve alta de 16,27%, líder entre os 7 produtos que tiveram aumento.
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Após o fruto estão o café em pó (4,46%), óleo de soja (2,72%), pão francês (2,51%), leite integral (2,36%), arroz agulhinha (1,33%) e manteiga (1,23%).
Tomate foi a fruta com maior redução
No geral, esse foi o segundo mês consecutivo em que o preço da cesta básica teve queda na capital baiana, o que representou uma redução de 3,8% em relação a julho. Ou seja, a cesta básica custou R$ 560,72.
Nos últimos 12 meses, cinco dos 12 produtos da cesta básica ficaram mais baratos: tomate (-47,83%), feijão carioquinha (-13,36%), farinha de mandioca (-11,44%), carne bovina de primeira (-2,28%) e manteiga (-0,96%).
Já nos meses de julho e agosto, a tendência de queda foi indicada pelos mesmos itens. São eles: tomate (-37,83%), feijão carioquinha (-3,40%), açúcar cristal (-2,47%), carne bovina de primeira (-2,40%) e farinha de mandioca (-0,54%).
Salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador
O salário mínimo, conforme a Constituição, deve ser suficiente para cobrir os gastos de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, roupas, higiene, transporte, lazer e previdência. No entanto, isso não acontece com frequência.
Em agosto de 2024, um trabalhador em Salvador que ganha o salário mínimo de R$ 1.412,00 precisou trabalhar 87 horas e 22 minutos para comprar a cesta básica. Esse tempo foi menor do que em julho, quando eram necessárias 90 horas e 20 minutos.
Em agosto de 2023, com o salário mínimo de R$ 1.320,00, o tempo de trabalho necessário era de 95 horas e 58 minutos. Levando em conta o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador usou, em agosto de 2024, 42,93% do seu salário para comprar a cesta básica, que alimenta um adulto por um mês. Em julho, o percentual gasto foi de 44,39%, e em agosto de 2023, o trabalhador comprometia 47,16% da sua renda líquida.
Nanci Souza
Nanci Souza
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