A discussão sobre a venda de acarajé pelas baianas dentro da Arena Fonte Nova voltou à tona na manhã desta sexta-feira (5). Devido a
inauguração do estádio que acontece nesta manhã com a presença da presidente Dilma Rousseff, as baianas se concentraram na frente da Arena para protestar contra a suposta proibição de acesso delas ao estádio.
Segundo a gestora do Memorial das Baianas, Maura Cristina, o objetivo do protesto que envolve cerca de 50 baianas, é ressaltar importância das baianas na cultura baiana. "O ofício das baianas de acarajé é um patrimônio imaterial tombado e deve ser respeitado", alertou a gestora. De acordo com Maura, a FIFA não proíbe a venda dos acarajés no estádio e sim as baianas por conta do cheiro forte causado com o manuseio do material utilizado pelas baianas. "A cultura é isso. É tabuleiro, baiana, dendê e tudo que envolve. Não se pode acabar com a cultura para satisfazer os patrocinadores e vender acarajé de microondas", disse. Ainda de acordo com a gestora, dez baianas trabalhavam dentro do antigo estádio regularizadas pela prefeitura, mas nem essas receberam a garantia para voltar a vender.
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Além do protesto, as baianas buscam a entrega de uma petição pública que reúne cerca de 16 mil assinaturas, em que solicita a permissão da venda dos acarajés através das baianas dentro da Arena. O abaixo-assinado pode ser verificado
no site da Associação Nacional das Baianas. Vale lembrar, que uma pesquisa no início deste ano, apontou as baianas em
primeiro lugar em qualidade no atendimento. Sete em cada dez soteropolitanos avaliam o atendimento das baianas como bom ou ótimo.