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SALVADOR

Arrombamento na Carlos Gomes expõe série de roubos na região

Após os sucessivos arrombamentos, comerciantes já se reuniram duas vezes no Clube de Engenharia para discutir a situação

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11/10/2012 às 8:50 • Atualizada em 27/08/2022 às 4:29 - há XX semanas
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No setor de Oftalmologia do Centro de Saúde Carlos Gomes, havia muitos aparelhos, mas os bandidos cresceram os olhos justamente para os mais caros. Depois de arrombar o consultório 401, levaram equipamentos que, somados, valem cerca de R$ 20 mil. O crime ocorreu entre a noite de segunda e a manhã de terça, na famosa rua do centro de Salvador que leva o nome do posto. “A gente saiu às 17h. Quando voltamos, no outro dia, demos falta de três equipamentos. Tinha mais aparelhos, mas eles levaram os mais caros”, contou um funcionário do posto de saúde, pedindo sigilo de identidade. Os aparelhos roubados são um autorrefrator, que auxilia a medição do grau do olho do paciente, um Lensômetro, que mede o grau exato dos óculos, e um Greens, que avalia a saúde ocular do paciente. “Um dos aparelhos é muito pesado. Não sei como é que eles desceram. E como foi que eles passaram pela portaria, se tem vigia à noite?”, questiona uma outra funcionária do Centro de Saúde. Ali, os casos de roubo fizeram com que uma funcionária deixasse um recado no vestiário: “Caro ladrão dos finais de semana e feriados, por favor, procure outro armário. Deixe o meu. Já vasculhastes por duas vezes e está vazio”. Procurada, a direção do posto não quis se pronunciar. Através de nota, a assessoria da Secretaria Municipal da Saúde informou que, após o roubo, foi aberto um processo administrativo para apurar o caso. Além disso, o atendimento oftalmológico está suspenso por tempo indeterminado. “Os equipamentos são imprescindíveis para a realização de consultas e exames”, informa a nota da assessoria. Entretanto, segundo comerciantes e moradores da área, o arrombamento no Centro de Saúde foi apenas mais um caso na região. No final de setembro, 30 comerciantes da área se reuniram pela segunda vez este ano no Clube de Engenharia da Bahia, também na Carlos Gomes, para discutir a insegurança. Em junho, a Escola de Cabeleireiros da Bahia também foi alvo de arrombamento. O dono do estabelecimento, Adalto Rego, afirma que já registrou cinco ocorrências. “Eles entraram pela janela e levaram tesouras, navalhas, maletas e diversos produtos de beleza. Já teve uma vez que arrombaram a porta e roubaram duas TVs de 20 polegadas”, contou Adalto, estimando um prejuízo de R$ 8 mil. “Não é ladrão que quer coisa grande. A gente desconfia que são sacizeiros que roubam para comprar drogas. Desde o ano passado que os casos aumentaram”, complementou. Para colocar grades no prédio em que dá aulas há 23 anos, ele disse que gastou R$ 2,8 mil. Próximo da escola de Adalto, a loja de empréstimos Federal Assistencial já coleciona três arrombamentos. “Foi uma em março e duas no final do ano passado. A partir das 19h, aqui fica seguro por Deus”, diz o consultor financeiro Cleber Duarte, 41, que há 10 anos trabalha no local. SurpresaDe acordo com Jamila Cidade, titular da 1ª Delegacia de Polícia, no Complexo dos Barris, não há “muitos registros” de arrombamentos na rua Carlos Gomes. “O problema é que muita gente não vem registrar ocorrência”, lembrou a delegada. Já o tenente-coronel Anselmo Brandão, comandante do 18º Batalhão da Polícia Militar, disse ter ficado “surpreso” com as reclamações. “O que me surpreende é que eu não tenho esses registros em mãos. Sempre vou na 1ª Delegacia ver as ocorrências de arrombamento e na Carlos Gomes não é tanto assim”, concluiu. Comerciantes buscam solução para insegurança na Carlos GomesApós os sucessivos arrombamentos, comerciantes já se reuniram duas vezes no Clube de Engenharia para discutir a situação. Aliás, nem o clube escapou dos bandidos. “Eles entraram pela janela. Furtaram vários objetos e material de escritório”, conta o diretor João Paim. “A situação é preocupante. Pedimos mais policiamento e ficou da polícia fazer mais ostensivamente, mas não tem ocorrido com a constância que a gente queria”, completa Paim. O dono do boxe de Chaves Santana, José Pereira, já perdeu para os bandidos muito material de trabalho, como chaves e fechaduras, além de botijão de gás, furadeira e ventilador. “Foram duas vezes esse ano. Arrombaram a porta de ferro”, diz. A relojoaria que fica ao lado também já foi alvejada. “Na primeira vez, roubaram relógios, TV, fax, frigobar. Na segunda, foi pouco porque só tinha relógio. Já tinham levado tudo”, contou o proprietário José Neiva, trabalhando na Carlos Gomes há 23 anos. Matéria original Correio 24h Arrombamento na Carlos Gomes expõe série de roubos na região

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