Os ônibus do transporte público de Salvador voltaram a circular a partir das 08 horas desta quinta-feira (4). Os veículos de duas das 10 garagens da cidade foram bloqueados, desde as primeiras horas do dia, pelo Sindicato dos Rodoviários da Bahia, para a realização de uma assembleia. A categoria deliberou sobre as negociações com os empresários, que já passam de 30 dias.
As reuniões foram feitas nas garagens das concessionárias Plataforma, no bairro de Praia Grande, e na OT Trans, em Campinas de Pirajá. Só em uma das garagens, a da concessionária OT Trans, mais de 300 ônibus ficaram parados. Ao todo, 543 veículos foram retidos. A SEMOB informou que o número representa quase 30% da frota total da cidade.
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A paralisação afetou principalmente a região miolo, além de todo o subúrbio – onde se concentra grande parte dos trabalhadores e estudantes que precisam do transporte urbano para se locomover, pela falta de outro sistema de transporte rodoviário.
Por causa da manifestação dos trabalhadores, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) disponibilizou 215 veículos do sistema complementar, os chamados "amarelinhos", para dar apoio à operação emergencial até que o funcionamento dos ônibus seja normalizado.
Em nota, eles informaram que equipes de fiscalização da Semob acompanharam a movimentação nos principais pontos da cidade e nas estações de transbordo. A Semob ressaltou ainda que "tem acompanhado as negociações entre os rodoviários e as concessionárias, e espera que as partes cheguem a um entendimento o mais breve possível para evitar maiores transtornos aos usuários do transporte de Salvador." A capital baiana tem 1.815 coletivos, com 224 linhas.
Negociações
Os trabalhadores afirmam que os patrões têm negado todos os itens da pauta elaboradas pelos rodoviários. Entre essas reivindicações, está o pedido de compensação das horas extras, e a permanência dos cobradores das passagens nos veículos.
De acordo com o representante das concessionárias, Jorge Castro, quatro reuniões de negociações já foram feitas com os trabalhadores e mais de 40% das cláusulas já foram acordadas entre as partes. As cláusulas que ainda estão pendentes são as econômicas: reajuste salarial, tíquete alimentação e plano de saúde.
A alegação é de que o setor passa por dificuldades financeiras e não tem a possibilidade de atender aos rodoviários. Ainda segundo Jorge, não é discutida a retirada dos cobradores de passagem dos ônibus e esses trabalhadores seguirão trabalhando normalmente.
Redação iBahia
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