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SALVADOR

Após ato, governo define ações de proteção para a Pedra de Xangô

Agressores despejaram sal e enxofre na pedra, sagrada aos cultos de matrizes africanas

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17/11/2014 às 10:45 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:27 - há XX semanas
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Uma reunião entre autoridades dos poderes públicos estadual e municipal cogitou a possibilidade de tombamento da Pedra de Xangô, situada no bairro de Cajazeiras X, em Salvador. No dia 12 de novembro, representantes de terreiros da Bahia realizaram um ato contra a intolerância religiosa. A iniciativa ocorreu após e uma agressão à fé das religiões de matriz africana, que aconteceu no início deste mês, quando 200 quilos de sal e enxofre foram despejados na pedra - sagrada para as religiões afros - e no seu entorno.Se for confirmado, o tombamento deve ser feito pela Fundação Gregório de Matos (FGM), via Instituto do Patrimônio Artistico e Cultural da Bahia (Ipac), além da criação de um parque de preservação ambiental na área. Segundo a diretora-geral do Ipac, Elisabete Gandara, o monumento é um patrimônio imaterial, por isso, o registro seria adequado ao caso.

Agressão Representantes de povos de terreiros da Bahia realizaram, na última quarta-feira (12), um ato contra a intolerância religiosa, na Pedra de Xangô, em Cajazeiras X, em Salvador. A ação foi motivada por conta de uma agressão à fé das religiões de matriz africana, que aconteceu no início deste mês, quando 200 quilos de sal foram despejados na pedra - sagrada para as religiões afros - e no seu entorno.De acordo com secretário da Promoção da Igualdade Racial do Estado, Raimundo Nascimento, a ação foi organizada pela comunidade e por entidades que tratam da religiosidade de matriz africana. “É uma resposta a este ato de intolerância que não é isolado. Vem ocorrendo em toda a Bahia. Existem diversos casos de falta de respeito. Todos têm direito ao culto, sejam evangélicos, espíritas, católicos ou do candomblé. Este é o tipo de ato que precisa ser punido pela Justiça”. Antes do ato na pedra sagrada, o grupo de representantes dos povos de terreiros protocolou uma denúncia no Centro de Referência Nelson Mandela. A ialorixá Iara de Oxum, do terreiro Ilê Tomim Kiosise Ayo, avalia que todo apoio é importante porque ajuda a reduzir a intolerância. “Já temos a recuperação do Parque de São Bartolomeu, já temos diversos terreiros tombados. Os olhos da gente estão vendo estas ações”.

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