Os professores da rede municipal de ensino decidiram, no final da manhã desta terça-feira (31), encerrar a greve, que chegou ao 11º dia. De acordo com informações de Elza Medo, da APLB Sindicato, a categoria aprovou as propostas feitas pela Prefeitura em assembleia e em paralelo, também cumpre a ordem judicial que decretou a greve como ilegal.
Entre as propostas aceitas estão: reajuste salarial de 6%, acolhimento de duas referências automáticas (mudança de letra da carreira com 2,5%), reajuste de 10% do auxílio alimentação, devolução dos salários a ser pago em folha complementar e a mudança de nível.
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A expectativa é que os 163 mil alunos retornem as salas de aula juntamente com os 7.800 professores que integraram o movimento.

O que diz à Prefeitura sobre acordo
Em nota, a Prefeitura de Salvador confirmou a retomada as atividades na rede municipal de ensino e acrescentou que "na última reunião, intermediada pelo secretário municipal de Gestão (Semge), Thiago Dantas, e pelo secretário municipal da Educação (Smed), Marcelo Oliveira, a proposta contemplou uma majoração salarial da ordem de 11,37%, sendo um reajuste linear de 6% e mais duas progressões, a serem concedidas em junho e em agosto. O esforço municipal teve como intuito, considerando os limites orçamentários, promover a valorização salarial da categoria e evitar um prejuízo ainda maior para os estudantes, principalmente após quase dois anos de atividades remotas provocadas pela pandemia de Covid-19."
Convocação e processo judicial
Na última sexta-feira (27), a Prefeitura de Salvador chegou a convocar os pais para que levassem as crianças para as salas de aula. Porém, na última segunda (30), a adesão não foi alta e boa parte das escolas não retomaram as atividades.
A convocação foi resultado da determinação do Tribunal de Justiça da Bahia de suspensão da greve dos professores e do retorno imediato dos docentes às salas de aula. A sentença diz que a greve tem claros indícios de ilegalidade e abusividade; e ainda proíbiu que a APLB Sindicato de realizar bloqueios para impedir o acesso de servidores às repartições públicas e as escolas. A multa em caso de descumprimento é de R$ 20 mil por dia.
Neste sentido, a gestão municipal ressaltou que iria garantir o funcionamento das unidades de ensino e também as folhas de ponto dos professores, que tivessem ido para as salas de aula.
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Redação iBahia
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