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SALVADOR

Após 10 dias internada, morre avó de menino vítima de incêndio

Criança de 3 anos e avó ficam feridos em incêndio no bairro de Santo Inácio; menino morreu no dia e avó neste final de semana

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26/01/2015 às 11:35 • Atualizada em 01/09/2022 às 21:43 - há XX semanas
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Avó e o neto Ariel
A avó de um menino de 3 anos, que morreu após um incêndio na casa da família no dia 15 de janeiro, não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do sábado (24), segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). A comerciante Mirian Carvalho Santos, 58 anos, estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE) desde o dia do acidente. Ela teve 50% do corpo queimado. O incêndio aconteceu na manhã do dia 15 de janeiro, no bairro Jardim Santo Inácio, em Salvador. Por volta das 6h, uma casa que fica na rua Rio Jacuípe, no Loteamento Imbassaí, começou a pegar fogo. O Corpo de Bombeiros esteve no local e conseguiu apagar as chamas. O neto de Mirian, Ariel Santos Nascimento, teve 100% do corpo queimado e chegou a ser socorrido para o HGE, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no mesmo dia. A avó dele chegou a passar por debridamento - procedimento para remover pele queimada - e ficou dez dias internada antes de morrer às 23h50 deste último sábado (24). A polícia não soube informar as causas do incêndio. Relembre o casoAriel era considerado um garoto agitado e esperto. No dia do acidente, ele acordou bem cedo, como de costume. Era da rotina da avó Mirian levantar às 5h, para tomar o remédio para pressão arterial. Familiares e vizinhos acreditam que, após tomar o remédio, Mirian tenha pegado no sono, mas o garoto tenha permanecido acordado.
Os vizinhos acordaram com o cheiro da fumaça e, quando conseguiram arrombar a porta do quarto, Mirian dizia não saber onde estava o neto. “Ela saiu com os braços e a cabeça queimados, e dizia que não sabia onde estava o menino. Ele estava na porta do quarto deitado. Achávamos que estava morto, mas ele se buliu e o Samu recomendou jogar água para resfriar o corpo”, conta a doméstica Cleusa Conceição, 58 anos, vizinha. Ela lembrou que Mirian costumava acender uma vela de sete dias no quarto, mas não sabe dizer se essa teria sido a causa do incêndio. “Ele (Ariel) subia em tudo, a porta não podia ficar aberta que ele corria. A gente não sabe o que de fato ocorreu, se ele pode ter brincado com alguma coisa, se foi a energia”, contou a tia do garoto, a manicure Joilene Cruz dos Santos, antes do falecimento de Ariel. Mirian contou, no hospital, que Ariel se escondeu debaixo da cama no momento do fogo. No quarto, o guarda-roupa se contorceu e ficou quase todo queimado. Da cama, apenas a estrutura sobrou. O quarto foi o único dos cinco cômodos da casa que foi destruído pelo fogo. Quando os bombeiros chegaram, os populares já haviam debelado o fogo com a ajuda de baldes. Avó e neto foram socorridos por uma ambulância do Samu para o HGE. Ariel morreu no meio da manhã, e dona Mirian morreu neste último sábado (24). O garoto foi sepultado em Irará, no Centro Norte, cidade natal da avó.
Correio24horas

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