Amigos de Rodrigo Castro, morto a tiros durante um assalto no Dique do Tororó, em Salvador, realizaram um protesto na manhã deste domingo (5). O grupo se reuniu na praça do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves.
Vestidos de ciclistas e segurando balões brancos, os amigos de Rodrigo Castro pediram por justiça. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (1°).
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Na quinta-feira (2), o suspeito de envolvimento na morte de Rodrigo foi preso enquanto vendia drogas na mesma região onde o crime ocorreu.
No sábado (4), a prisão dele foi convertida para preventiva. Segundo a Polícia Civil, a decisão foi tomada durante uma audiência de custódia da Justiça. Em paralelo, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) apura informações encaminhadas pelo Disque Denúncia relacionadas a morte do educador físico.
O crime
O ciclista morreu na noite de quarta-feira (1°), quando transitava de bike, ao telefone com a namorada de prenome Cíntia, no Dique do Tororó. Ele foi abordado por dois homens, ainda não identificados, e toda a conversa foi escutada pelo celular.
“Ele estava com um fone de ouvido e a gente foi conversando durante todo o percurso. Chegou em um momento do percurso, em que eu ouvi as pessoas que chegaram nele, eu não sei o porquê, falando: ‘polícia, polícia, polícia’. Eu cheguei a achar, logo de primeira, que fosse uma abordagem normal. Só que aí houve o disparo”, começou Cíntia, em entrevista à TV Bahia.
“Quando eu ouvi o disparo, a última coisa que ele me disse foi: ‘ai, amor. Tiro, tiro, tiro’. Aí acabou, ele não falou mais, ele não respondeu, mas a ligação continuou, porque não desligou. Eu continuei falando com ele: ‘Amor, pelo amor de Deus, me responda, fale comigo, Rodrigo’”, finalizou ela.
Sem retorno do namorado, a jovem ligou para a mãe dele e pediu ajuda. A vítima faria 25 anos na próxima terça-feira (7). Ele foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
O irmão de Rodrigo, identificado como Eliecer Júnior, contou que a vítima tinha o costume de praticar exercícios. O jovem era ciclista, mas não tinha o hábito de pedalar no Dique do Tororó, normalmente ele realizava o percurso Rio Vermellho – Barra.
Rodrigo foi i sepultado na tarde da quinta-feira (02) no cemitério Campo Santo, na Federação. Em entrevista à TV Bahia, o pai do jovem desabafou: “Meu filho ia fazer 25 anos de vida. A vida ceifada por marginais, que depois de serem presos, são soltos, saem pela porta da entrada e ficam impunes. Cadê a justiça?”, disse Eliecer Castro.
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Redação iBahia
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