Alunos do Balé Folclórico da Bahia apresentarão, em sessão única, o espetáculo Ori Onon (Cabeça Caminho) na próxima terça-feira (29). Show acontece no Teatro Miguel Santana, localizado no Pelourinho, e Salvador, e terá entrada gratuita.
O espetáculo reúne vinte alunos das oficinas de dança-afro realizadas pelo Balé Folclórico em dez comunidades de Salvador e Lauro de Freitas. Também participam dançarinos da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia, a FUNCEB.
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Montado sob a orientação dos professores orientadores Matheus Ambrozi, Robson Portela e Ágatha Simas, a peça fala sobre mitologia e o cotidiano dos Orixás. Para abrir o show, os dançarinos performaram a coreografia “Nanã”, feita em homenagem a ao maestro, educador e ícone da música afro-brasileira, Letieres Leite, que faleceu em 2021.
Confira abaixo as performances que serão apresentadas:
Coreografia: CRUzamentos – Coreografia: Raijane Gama
Bailarinos: Railan Santana, Ivanildo Bina, Daniele Souza, Kailane Motta, Luiza Alves, Melissa Vivier, Lucas Viana e Fabio Neri.
A coreografia traz referências de movimentações de Exu com base nas sensações e energias que nos atravessa quando estamos na rua. Traz a Avenida Sete como base para a construção das cenas, principalmente a primeira, exatamente por ser um lugar de muita circulação e atravessamentos, caminhar por aquelas ruas traz as sensações de cruzar, embaralhar, torcer, esbarrar, caminhar, desnivelar, guiar, perder e achar caminhos, e foi pensando nisso que a estrutura cênica se deu.
Coreografia: ORI – Coreografia: Junior Gomes
Bailarinos: Jennie Costa, Edcarlos Veloso, Luan Claudio, Erica dos Santos, Felipe Maroto, Beatriz Mascarenhas, Thalissa Moares, Paulo Art, Matheus Oliveira, Maria Eduarda Lopo, Sophia Moraes e Luan Sanches.
"Minha energia, sua energia, reverberando numa só, canalizam e se repelem." Além do individual, acontecem as trocas de energia que podem reverberar e afetar aos outros, contagiando uma grande massa. A pesquisa de movimento foi criada e simula essa emanação, de como o corpo reverbera a partir do contato, da aproximação enquanto grupo.
Coreografia: IABÁS – Coreografia: Gisele Soares
Bailarinos: Jean Tsunami, Ivanildo Bina, Daniele Souza, Kailane Motta, Luiza Alves, Melissa Vivier, Lucas Viana.
Com fé no que sei e no que não sei, no que sou e no que serei, sigo hoje forte, mais do que ontem. Minha resistência é voz e, se for preciso, eu aprendo a ser feroz. (Dandara Manoela)
A coreografia se aprofunda na relação do poder feminino trazendo para a contemporaneidade o empoderamento e não deixando de reafirmar a importância das yabás (orixás femininos) dentro do contexto histórico cultural.
Solo – REZA PARA ORI – Coreografia: Junior Gomes
Bailarino: Luan Claudio
"Eu rezo para que o guardião protetor, que guarda e guia os nossos rumos, nunca pese de um lado só, pra que sempre haja equilíbrio eu faço o meu bori, cabeça leve, revolta e sempre em movimento."
Coreografia – OGUNHÊ – Coreografia: Gisele Soares
Bailarinos: Jean Tsunami, Ivanildo Bina, Daniele Souza, Kailane Motta, Luiza Alves, Melissa Vivier, Lucas Viana.
Ogum é o próprio ferreiro, senhor da forja dos metais, da metalurgia e da tecnologia .
Do que há de mim
Para o mundo ser
Para eu ser no mundo. (Virgínia Rodrigues)
Solo – Vaso Sagrado (Água da Barriga da Mãe) Coreografia: Rajane Gama
Bailarino: Railan Santanna
A coreografia surge através de um diálogo da coreografa com a sua mãe, nessa conversa a sua mãe diz que toda vez que é lua cheia o mar se agita com a força que a lua nasce e o mesmo acontece na barriga da mãe, esse é o primeiro contato da criança com o mar. É água de menino, água sagrada da barriga da mãe que mata a sede e lava o orí
Coreografia: ONA EM RUA – Coreografia: Alexsandro Palmeira
Bailarinos: Jennie Costa, Edcarlos Veloso, Luan Claudio, Erica dos Santos, Felipe Maroto, Beatriz Mascarenhas, Thalissa Moares, Paulo Art, Matheus Oliveira, Maria Eduarda Lopo, Sophia Moraes e Luan Sanches.
A obra tem como princípio fazer referência a ONA, que significa caminho na tradução yorubá. Traz a importância dos caminhos que percorremos, trazendo o arquétipo do Orixá Exu como base, ressignificando movimentações e fazendo um paralelo com a contemporaneidade.
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Redação iBahia
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