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SALVADOR

Afundamento do ferry Agenor Gordilho foi seguro? Entenda processo

Embarcação foi afundada na costa de Salvador no último sábado (21)

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Redação iBahia

24/11/2020 às 15:32 • Atualizada em 26/08/2022 às 20:44 - há XX semanas
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No último sábado (21), a população de Salvador viu o afundamento do ferry-boat Agenor Gordilho e o do rebocador Vega no mar da Baía de Todos os Santos, a cerca de apenas 1,5 quilômetro da costa, próximo ao Yacht Clube da Bahia. Mas como uma embarcação desse porte, preparada para o transporte de pessoas e veículos, afundou tão rápido? Este procedimento foi seguro?

Foto: Divulgação/GOVBA

Esse processo não foi feito de uma hora para outra. É o que garante o presidente da Associação dos Mergulhadores da Bahia, Igor Carneiro. Ele contou ao iBahia que a ideia do afundamento surgiu há cinco anos. "Além disso, foram dois anos de preparação dos navios e, no fim das contas, foi tudo muito perfeito", pontuou o coordenador da operação realizada.

Para o procedimento acontecer, as embarcações foram completamente limpas e rebocadas para o ponto de afundamento. "Esse ponto não foi escolhido de maneira aleatória, houve um estudo por trás", explicou Igor.

Após o ferry ser colocado no ponto, a âncora foi solta e a equipe de realização fez a abertura das laterais do casco para que o afundamento fosse mais rápido, o que significa menos riscos ao meio ambiente, segundo Igor. Depois, as válvulas de fundo foram abertas e assim o navio começou a inundar. O afundamento do ferry-boat, com abertura das comportas para entrada da água, começou por volta das 12h e teve uma hora de duração.



E o meio ambiente?

A limpeza do ferry foi um ponto fundamental no que diz respeito a preservação do meio ambiente local. Mesmo com algum impacto, o ferry vai se tornar um recife artificial em pouco tempo.

"Muitos seres vão buscar o local como refúgio dentro da estrutura, como peixes, moreias e tartarugas. A criação do recife artificial incrementa a qualidade marinha do local", explica Gilson Galvão, conhecido como Tuca, diretor da Bahia Scuba, instrutor trainer da Scuba Schools International (SSI) e vice-presidente nacional da ABCMAR (Associação Brasileira de operadores, escolas e centros de mergulho recreativo).

Para viabilizar o afundamento, foram feitos estudos prévios de localização e de impactos ambientais. Óleos e combustíveis da embarcação foram removidos para atender às especificações ambientais, assim como peças que oferecessem riscos aos futuros mergulhadores.

*sob supervisão da repórter Isadora Sodré

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