A prefeitura de Salvador anunciou, nesta sexta-feira (18), que vai reduzir gastos e suspender algumas despesas temporariamente a partir de 2016. O objetivo é reduzir cerca de R$100 milhões ao longo do próximo ano. Segundo o prefeito ACM Neto, a crise começou a ser sentida pelo município na arrecadação desde julho deste ano e, por conta disso, o contingenciamento deste ano será maior do feito em anos anteriores. Logo no início do próximo ano a prefeitura vai suspender novos contratos de terceirização, nomeação de cargos que estão vagos, locações de imóveis e veículos, contratação de consultorias, cursos e seminários, aquisição de materiais, gratificações, licença para tratar de assuntos pessoais e aprimoramento profissional, licenças Prêmio, hora extra. Além disso, as assinaturas de jornais e revistas serão desfeitas, exceto para a pasta da educação. Segundo Sônia Magnólia, titular da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), o percentual de redução nos gastos vai variar entre 10% a 20%."Essas despesas são para manter o equilíbrio financeiro. Temos esperança de que as arrecadações melhorem", explicou a secretária. Segundo ACM Neto, o objetivo é gastar menos com a prefeitura para investir mais com a cidade. "O cinto não está folgado, não deixamos ele folgado, mas vamos apertar ainda mais o cinto. O decreto é mais extenso que isso. Vamos aplicar em redução dos níveis de contrato, segurar terceirizados e suspender cargos de confiança, exceto em casos excepcionais, além de despesas de economia de energia elétrica, combustível e locação de automóveis", disse neto. Crise De acordo com o prefeito, as quedas na arrecadação começaram em julho. "Não temos números finais. Estamos debruçados nesses números, mas temos um sentimento de uma queda em reais, em termos nominais, não", explicou ACM Neto.
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O resultado do ano só será divulgado a partir de janeiro, mas a expectativa, baseada na tendência econômica, aponta para um ano mais difícil. "Vai ser queda sobre queda. Felizmente a prefeitura fez o dever de casa na hora certa. Se não tivéssemos feito as medidas de contenção de despesas e de geração de receita a situação seria pior", ponderou. Neto assegurou que algumas suspensões serão temporárias. "O cenário do próximo ano é preocupante e incerto. Não estamos tirando o direito das pessoas de tirar licenças prêmio. Se tiver uma surpresa positiva vamos rever o decreto". Um comitê de gastos públicos será formado pelas secretarias de Gestão Pública (Semge), da Fazenda (Sefaz) e Casa Civil.Veja também:
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