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SALVADOR

Abadá sai até 20% mais barato no mercado informal

Procon alerta foliões para não caírem em golpes de sites falsos

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04/02/2013 às 9:00 • Atualizada em 28/08/2022 às 6:59 - há XX semanas
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Na sede de vendas do grupo Axé Mix, o bloco Coruja, que sai no domingo com Ivete Sangalo, custa R$ 600. No site, Quero Abadá, o mesmo bloco, no mesmo dia, sai por R$ 520. Essa é uma das vantagens do mercado paralelo, ou informal, a que muitos baianos e turistas estão acostumados a recorrer às vésperas da festa.O desconto chega a 15%, ou nesse caso, exatos R$ 80. Além disso, os foliões ainda podem conseguir comprar o que já está esgotado na sede. Neste caso, porém, é mais complicado encontrar o produto com abatimento.Outro abadá que também está mais barato no site é a sexta do Cocobambu (com Claudia Leitte) por R$ 269. Na Central do Carnaval, loja oficial, o abadá sai por R$ 300. O Camarote do Nana, na quinta, também está R$ 30 mais barato.De R$ 410, na Central, está por R$ 380 no site (ambos masculino). Apesar de poder encontrar alguns blocos e camarotes mais baratos do que nos pontos de vendas oficiais, a superintendente do Procon-BA, Gracieli Leal, lembra que nesta época os golpistas estão mais atentos ao folião descuidado.Gracieli enumera uma série de dicas, como observar se o abadá tem selo de segurança, o que as redes sociais falam sobre o site e se existe alguma referência física de loja para a entrega do abadá. “Tente ligar para o site e sempre desconfie de uma grande oferta. Nessa época, as pessoas não costumam oferecer os blocos e camarotes badalados com preços baixos. Aí, é golpe”, diz a superintendente.Ela ainda lembra que no caso do folião ser enganado por uma loja online que não existe, ou mesmo um cambista, não há nenhum procedimento que o Procon-BA possa fazer, já que o órgão não tem poder de investigação.Atração - Na tentativa de conquistar o máximo de clientes, e a sua confiança, os sites não oficiais vão até o folião para entregar o abadá ou a camisa do camarote. Um exemplo disso é o Quero Abadá, que realiza, no Porto de Salvador, uma entrega open bar, com whisky, cerveja, espumante, água e refrigerante.“Neste caso, a taxa é de R$ 25”, explica um funcionário do site. O Quero Abadá ainda oferece o serviço de transfer do Aeroporto para um hotel por R$ 140 e do Porto de Salvador para a Barra por R$ 15.Jornais - Outra forma de conseguir um abadá mais barato é recorrendo aos anúncios de jornal. A maioria deles já conta com o preço e um celular para o folião contactar o interessado em vender.Em um anúncio recente, uma pessoa vendia o Camaleão, que custa R$ 840 na Central do Carnaval, por R$ 700, ou seja, um abatimento de 20%. “Mais uma vez, reforço que o folião observe a procedência desse abadá. O mínimo que ele deve exigir é a nota fiscal, para ter certeza que não está comprando um produto roubado”, exemplifica.Também estão sendo comercializados muitos abadás do Eva - que está esgotado na segunda -, e fantasias do Muquiranas. Nesse último caso, do bloco dos homens vestidos de mulher, o preço do pacote dos três dias custa R$ 1.000.Mas vale o folião pesquisar em todos os meios: na sede do bloco ainda dá para comprar o lote por R$ 770,10 e o folião pode parcelar em seis vezes.Sites usam códigos de lojas indevidamenteO sócio da Central do Carnaval - uma das maiores empresas autorizada para as vendas de abadás e camarotes do Carnaval de Salvador -, Joaquim Nery, dá uma informação relevante para quem quer comprar o bloco de última hora: os sites com ofertas de preços mais atrativos não oferecem nenhuma segurança, nem possuem nenhuma relação com as centrais oficiais de vendas. Na maioria dos casos, eles se dizem agências e usam um código para se identificarem como agente autorizado, mas não são."Denunciamos, mas não existe nenhuma legislação que fale sobre isso. Se tiramos um do ar, outros aparecem. O mais importante são os consumidores não se deixarem levar por essas ofertas", acredita Nery.Um exemplo da maior estrutura com a qual conta as redes oficiais é a participação da Polícia Militar na fase de entrega e vendas dos abadás e camarotes.Na maioria destes pontos, a PM monta uma base para evitar roubos e furtos de abadás. Já no caso dos sites e cambistas, o folião fica desprotegido e os sites até evitam colocar o endereço de forma clara no portal, avisando onde farão as entregas, para não facilitarem para os bandidos.Matéria original do Correio * Abadá sai até 20% mais barato no mercado informal

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