A Feira da Sé foi um ancoradouro para Ivana Pinheiro, de 57 anos, nesta edição do Festival Virada Salvador. Na última sexta-feira (30), ela teve o calçado danificado enquanto caía na quebradeira de Xanddy Harmonia e ficou sem saber o que fazer para continuar na festa e não perder as próximas atrações.
A aflição acabou quando Ivana lembrou-se da Feira da Sé, novidade no evento, que contou com 12 expositores e cerca de 6 mil produtos, incluindo roupas, calçados, bijuterias, cosméticos e artigos para decoração.
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“Foi a minha salvação! Comprei um sapato baixinho, confortável e de marca por um preço bem bacana. Eu vi nas redes sociais que havia essa feira aqui e vim direto pra cá. Adorei o atrativo. Agora vou poder continuar no show para ver Mari Fernandez e Jorge e Mateus”, contou.
Negócio fechado, cliente e empreendedor satisfeitos. “Eu estou gostando muito de participar do evento. Muita gente tem passado aqui, perguntado pelos produtos. Então, além das vendas, estamos ganhando com a visibilidade, que também é muito importante para nós, empreendedores”, afirmou Márcia França, expositora do MF Brechó, estande onde Ivana comprou a alpercata.
Famosa por seus artigos, Regina Navarro também foi uma das expositoras presentes no Festival Virada Salvador. Ela trabalha com moda afro-étnica, da vestimenta ao acessório e o diferencial é que são peças produzidas apenas com tecido africano, 100% algodão, que são resultado de oito anos de pesquisa e de várias viagens à África e para vários países diferentes.
Além disso, o seu atrai clientes por ter uma linha de produtos de axé, com ambientadores, sabonetes ritualísticos e perfume-óleo. “São produtos para fazer o axé da pessoa aflorar, fazer com que o ego e a energia interior do cliente subam e se potencializem”, divulgou.
Para ela, a Feira da Sé é uma vitrine para o empreendedor. “É uma vitrine para nós que trabalhamos com aquilo que amamos, fazendo aquilo que acreditamos e vivendo daquilo”, acrescentou. Atualmente, Regina trabalha com loja física com roupas para pronta entrega e também com ateliê com peças para encomenda que ficam prontas em três dias. O perfil (@ReginaNavarroBellaOya) conta com 16.600 seguidores e suas peças já foram utilizadas por pelas atrizes do filme norte-americano Pantera Negra, Janeshia Adams-Ginyard, e Lupita Nyong’o.
A paulista Taís da Mata, de 26, passeou pelo local e também gostou do que viu. “Eu vi pelo site que havia esse espaço. Eu acho interessante a proposta, pois mostra produtos da cidade e há bastante artigos ‘afrorreferenciados’, uma influência muito legal, produtos que fazem parte de Salvador. Eu acho que a feira dá oportunidade para muita gente que está vindo visitar e que acaba levando alguma arte daqui”, opinou.
Funcionamento
A Feira da Sé funcionou durante os três primeiros dias de Festival Virada, ao lado do Espaço Gamer, também chamado de Arena Geek, e próximo à Vila Gastronômica. As barracas chamavam a atenção de quem passava, com brincos, colares e pulseiras elegantes; roupas africanas, bonecas de pano, sabonetes e aromatizadores, vestidos cheios de brilho e roupas e calçados seminovos e de grife.
Para Cláudia Vaz, diretora executiva do Instituto ACM e responsável pela organização da feira, a proposta foi muito boa. “A Prefeitura nos deu um apoio muito bacana e foi tudo bem organizado. Para além das vendas, o evento proporcionou uma divulgação da Feira da Sé, que já ocorre tradicionalmente na cidade em diversos bairros, e uma divulgação também dos expositores, pois é um público diferente que acaba conhecendo o empreendimento. Para a próxima edição pretendemos apenas modificar alguns aspectos para oferecer um serviço cada vez melhor”, afirmou.
Como comprar
A Feira da Sé funcionou no Festival Virada apenas nos três primeiros dias, mas quem tiver interesse em conferir os produtos pode acessar a rede social do evento: @FeiradaSé.
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Redação iBahia
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