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Festival em Salvador

'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes

Entre os palestrantes do Negritudes, estava a jornalista Zileide Silva, a atriz Maria Gal, jornalista Tia Má e o cineasta Alrick Brown e mais

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Isadora Gomes

18/07/2024 às 15:37 • Atualizada em 18/07/2024 às 22:19 - há XX semanas
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O Festival Negritudes Globo, desembarcou em Salvador pela primeira vez nesta quinta-feira (18). Uma celebração da cultura negra e uma afirmação de protagonismo. Reunindo grandes potências e personalidades negras discutindo identidade, resistência e avanços sociais.


				
					'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes
'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes. Foto: Magali Moraes/Divulgação

A emoção que permeou pelo evento foi notada nos olhares atentos e marejados do povo negro a cada fala que carregava identificação. Salvador, berço da cultura afro-brasileira, foi o cenário perfeito para uma celebração que não apenas homenageia, mas também exalta as contribuições negras ao audiovisual e cultura brasileira.

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					'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes
'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes. Foto: Isadora Gomes/iBahia

Como futura jornalista, ver o povo preto celebrando, reverenciando os nossos e conhecendo referências e pessoas inspiradoras para o audiovisual foi uma experiência completa. Unindo a ancestralidade e potência do povo baiano e brasileiro, o Negritudes é encontro de potências e espaço de afirmação para a cultura negra, permitindo que vozes, muitas vezes marginalizadas, se ouvissem de forma potente e respeitada.


				
					'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes
'Referências': Repórter do iBahia relata emoção no Negritudes. Foto: Isadora Gomes/iBahia

No painel “Narrativas Negras: uma infinidade de possibilidades”, apresentado pela jornalista Zileide Silva, com a presença da atriz Maria Gal, da jornalista Tia Má e do cineasta americano Alrick Brown, foi o momento para refletir sobre contribuição histórica do povo negro, e as infinitas as direções para onde uma história pode seguir.

Na plateia, ao lado de outras referências como a jornalista Wanda Chase, ovacionada pelo público ao ser mencionada no palco; a Ekedy Sinha e o Padre Lázaro, que participaram e aproveitavam o evento; foi lindo, me emocionei ao presenciar diversas outras referências negras sendo enaltecidas no evento.

Festival Negritudes Globo Vídeo: Isadora Gomes / iBahia

Dentre as discussões, os convidados contaram sobre experiências como pessoas negras em suas áreas e carreiras, sobre lutas históricas, os avanços e o longo caminho ainda ser trilhado. “Esse avanço existe porque teve muita gente que lutou para estarmos aqui”, ressaltou Tia Má.

“A presença de pessoa como a minha, de Maira Gal, a sua (apontado para Zileide), é fruto da luta de quem veio na nossa frente” comentou. “ A minha existência é fruto da luta das mulheres pretas, que muitas vezes nem podiam falar”, concluiu a comunicadora.

Festival Negritudes Globo Vídeo: Isadora Gomes / iBahia

Um momento que posso afirmar que marcou o painel da manhã foi o relato que Tia Má presenciou. Extremamente emocionada, Tia Má contou como foi o encontro entre Val Benvindo e Zileide, em que a baiana chorou ao contar a jornalista Zileide que foi a principal influência para a escolha da carreira. “Foi você, Zileide Silva, que transformou Val Benvindo jornalista”, ressaltou Tia Má.

Zileide aproveitou o momento para reverenciar jornalistas negras que abriram caminhos. “Se hoje eu sou uma referência, é porque eu tive uma referência lá atrás”, disse. Ela citou Glória Maria com principal referência.


				
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Festival Negritudes Globo. Foto: Isadora Gomes/iBahia

Em coletiva, a jornalista da Globo reafirmou a importância de combate ao racismo e a luta pelo espaço e reconhecimento do trabalho. “Vivemos num país racista ainda, então isso (racismo) é diário, claro que, comigo que hoje, tem um espaço. Então é um pouco menor, mas ele continua. O racismo existe e eu acho até que espaços como esse de hoje do Negritude é para combater esse racismo.” comentou.

“Tenho espaço, eu posso ocupá-lo e eu vou fazer isso, eu tenho capacidade para isso. Ninguém me fez um favor de me colocar onde colocou, onde me colocou. Se eu estou aqui é porque acreditaram em mim e eu mostrei que eu posso, sim, ocupá-lo com muita competência, com muita qualidade. Eu acho que é isso, acreditar no teu trabalho, estudar, se preparar para isso e aí seguir em frente”, concluiu Zileide Silva.

Festival Negritudes Globo

A programação diversa do festival segue até a tarde, e incluiu desde shows e programações musicais a debates sobre lugar de fala, resistência e representatividade.

As discussões do palco principal do Festival Negritudes estão sendo transmitidas ao vivo pelo g1 Bahia e Canal Futura, e de forma gratuita para usuários logados no Globoplay.

No total, o festival terá seis painéis, diversas ativações e oficinas. Toda a programação acontece em parceria com a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan).

O evento conta com as presenças dos cantores Larissa Luz e Tatau, o cineasta norte-americano Alrick Brown, além de escritores como Bárbara Carine, Elisa Lucinda e a influenciadora digital Tia Má. Eles vão participar de conversas sobre educação, fé, futuros reimaginados, saberes, resistência e música.

O Festival Negritudes faz parte da Agenda ESG da Globo, conjunto de práticas voltadas para preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial.

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