Um grupo de mulheres da cidade Baixa de Salvador participou de uma oficina de tranças nagô, realizada na última terça-feira (19), na Biblioteca Edgard Santos, na Ribeira.
Até o mês de outubro serão ministradas oito oficinas. Os encontros acontecem nas bibliotecas municipais Denise Tavares, na Liberdade, e Nair Goulart, em Valéria. As atividades irão contar com palestrantes das próprias comunidades e estarão disponíveis 20 vagas.
O encontro batizado de 'Arte do Orí - Uma Vivência acerca do Patrimônio Cultural Imaterial' tem como principal objetivo proporcionar às jovens uma vivência acerca dessa tradicional de fazer tranças, além de trazer uma dinâmica diferente para o uso da biblioteca.
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Tainá Costa Santos, 27 anos, aproveitou a oficina para aprender os trançados para cuidar da estética no dia a dia. “Achei a oficina maravilhosa. Para mim, tudo foi novidade e achei muito interessante a forma como o cabelo é separado para fazer as tranças. É uma arte e, como foi falado aqui, também é uma terapia. Vim aprender porque tenho dificuldade de arrumar meu cabelo black power no dia a dia e resolvi fazer tranças para ficar mais prático e ajudar na minha autoestima”, disse Tainá.
A palestrante, Luci Mara Santos, foi a responsável por ensinar as participantes sobre a origem das tranças nagô a das aplicações dela na história que eram usadas para destacar condições sociais, problemas psicológicos e hierarquia familiar.
No encontro, também houve um momento prático, que foi ensinado pela transcrita da comunidade, Ana Paula, que lecionou as mais diversas técnicas para desenvolver as tranças, além de cuidados na hora de realizar os penteados.
Haverá uma apresentação de seis trabalhos das instrutoras no dia 22 de novembro, em horário e local a definir.
Redação iBahia
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