A personagem Koanza, do ator baiano Sulivã Bispo, volta a se apresentar em Salvador com uma curtíssima temporada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA), em homenagem ao Novembro Negro. As sessões acontecerão nos dias 24 e 25 de novembro, às 20h. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) e podem ser comprados no Sympla.
Sucesso absoluto de público nas duas temporadas que fez no Teatro Sesi Rio Vermelho, Koanza agora volta com a língua ainda mais afiada. “Essa é a terceira temporada de Koanza, e foi muito pedida pelo público, e a gente precisa escutar o público. Recebi muitos pedidos para que Koanza pudesse estar num teatro maior, para que as famílias pudessem ver, depois das sessões sempre esgotadas do Teatro Sesi Rio Vermelho. Então, esse é um retorno que dou ao público também”, comentou Sulivã.
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O ator aproveita para adiantar que as apresentações na Sala do Coro vão dar o que falar. “Vamos ter novas participações, novas inserções midiáticas, novos artistas, novas personalidades e surpresas também. É um espetáculo que se atualiza sempre. Temos novidades sendo preparadas para essa temporada na Sala do Coro, também por ser no Novembro Negro”, disse.
Koanza
Senhora riquíssima nascida no Senegal, bem-sucedida no comércio de jóias e tecidos senegaleses para a diáspora negra, makota (cargo feminino de grande valor no Candomblé), sofisticada e moradora do Corredor da Vitória, em Salvador (BA), Koanza (nome de um rio angolano e da moeda de Angola) – é uma mulher de saberes ancestrais, chique e consciente do mundo desigual em que vivemos, comprometida com um papel ativo na reafricanização das lutas antirracistas na diáspora negra, que ela refina com empenho, elegância e humor.
Com Koanza hoje presente na internet, no audiovisual, no teatro e em outros meios midiáticos, Sulivã revela que se pega surpreso com o que a personagem se tornou. “Ela denuncia o racismo que sofro cotidianamente, e ela traz uma força que eu digo que eu não sei se tenho, porque sou muito sensível, e ela trata as questões de uma forma muito didática e poética, e às vezes fala umas coisas difíceis que eu não sei o que ela está falando... E aí eu fico brincando se ela seria uma entidade ou o meu alter ego, mas a realidade é que eu admiro muito Koanza, ela é uma referência, como tantas mulheres que me cercam, que me moldam e me ensinam muito”.
Para o diretor do espetáculo, o carioca Thiago Romero, que também é ator, coreógrafo e arte educador, Koanza é mais um passo que Sulivã Bispo dá no sentido de trazer à cena narrativas que pautam sua vida. “Acredito que Koanza aprofunda minha parceria com Sulivã no sentido da construção de solos a partir de personagens que trazem como debate o racismo religioso e tantas intolerâncias. Seguimos procurando formas poéticas e de utilização do humor como ferramentas potentes para o encontro com o espectador", comenta ele.
O espetáculo
Em “Koanza: do Senegal ao Curuzu”, a personagem volta à Bahia, após um tempo morando na África, com a missão de combater o crescente domínio do cristianismo dos discursos que se voltam contra os cultos de matriz afro-brasileira. Ao chegar, ela encontra o Brasil imerso em um turbulento processo político e racial, tendo à frente um presidente evangélico. É quando ela se vê desafiada a salvar o Curuzu das mãos da opressão religiosa e política, e encontra muitas dificuldades para tal missão. Diante dessa encruzilhada, surge um espetáculo cômico.
Ao lado do ator Sulivã Bispo em “Koanza: do Senegal ao Curuzu” estão Thiago Romero (Direção), Nildinha Fonseca (Direção de movimento/coreografia), Filipe Mimoso (Direção Musical), Renato Carneiro (Figurino), Guilherme Hunder (Cenário), Alisson de Sá (Iluminação), Beberes (Maquiagem), Larissa Libório (Direção Produção), Bergson Nunes e Sidnaldo Lopes (Assistência de Producão) e Carolina Magalhães (Design/arte).
SERVIÇO
Koanza: do Senegal ao Curuzu
Local: Sala do Coro do TCA
Quando: 24 e 25 de novembro (quinta e sexta-feira)
Horário: 20h
Ingressos: R$ 30 e R$ 15
Vendas: Sympla
Link de Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/78394
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Redação iBahia
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