Três meses depois do término do namoro, Mani Reggo ainda é associada a Davi Brito, campeão do "Big Brother Brasil 24", com frequência. Embora o título de "ex" não a incomode, a pressão em ter que atender as expectativas de inúmeros questionamentos de fãs do ex-casal e mídia a deixam aflita.
Em tom de desabafo, a empreendedora e influenciadora digital baiana reconhece que o ex jamais deixará de fazer parte da história dela, mas pondera que o fim da relação deixou uma lacuna que precisará de tempo até que seja preenchida novamente.
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Em entrevista exclusiva ao Preta Bahia da semana, Celsilene Reggo, mais conhecida como Mani, confessou "buscar respostas que ainda não possui", se emocionou ao relembrar as dificuldades do passado, expôs o processo de autoaceitação e dividiu projetos futuros e lições que aprendeu com as vivências de 2024.
"Expectativa em algo que não aconteceu", expõe Mani Reggo
O nome de Mani Reggo ficou conhecido em todo o Brasil após a participação de Davi, ex-namorado dela, no "BBB 24". O relacionamento, no entanto, não resistiu após um ano e meio e eles anunciaram a separação dias após o término do reality show da TV Globo.
Ela reflete que o novo milionário da Bahia integra parte da história dela, mas pondera não gostar da pressão de ter que se posicionar sobre o fim da relação em todas as suas aparições públicas. Mani também destaca que ainda "está ferida" e assimilar toda a situação é difícil.
"As pessoas vão associar [a imagem dela com a de Davi] por um determinado tempo, eu tento levar na esportiva, não existe o 'Mani vai ficar chateada'. Foi uma construção, uma história, e eu não posso apagar a minha história. Você ter o que contar é uma história, por mais dolorido que seja", diz.
A baiana ainda reflete que "se calou" diante dos assuntos polêmicos pelo motivo de ser difícil relembrar do relacionamento com o ex. Segundo Mani, ela evita falar de Davi para preservar os próprios sentimentos.
"As pessoas querem muito saber o fato de eu me manter sempre calada, mas o me calar é para me preservar, preservar meus sentimentos. As pessoas esquecem que houve um término, que é uma ferida que ainda está cicatrizando, que você colocou uma expectativa em algo que não aconteceu, que há uma mulher ferida, sofrida", continua a empreendedora.
Foi tudo muito rápido e eu me pergunto todo o dia. Eu ainda tento ter as respostas que eu não tenho. Há uma dor. Eu peço que as pessoas respeitem, isso é muito difícil para mim ainda". Mani Reggo
Mani Reggo também falou da quantidade de mensagens maldosas que recebe nas redes sociais, reforçando que os ataques relacionados ao caráter dela são os que mais lhe ferem.
"As pessoas acham que eu me calei porque eu devo, mas não. Se tem algo que eu tenho em mim e vou carregar até o último dia de vida é a minha honestidade. Eu sou e sempre serei uma pessoa honesta. É o que a minha mãe me ensinou. Eu posso prejudicar a mim, mas jamais o outro em nada. Se tem algo que me fere, é falar do meu caráter. Eu nunca roubei nem um lápis e borracha de ninguém. As pessoas me criticam, já chorei muito com os comentários que recebo. Sou ser humano, dói muito", reflete a empreendedora.
Uma voz que fala por muitas outras vozes
Aos 42 anos, Mani expõe que se deu conta de ser uma mulher preta apenas a partir dos 29. Segundo ela, o racismo estrutural da sociedade a fez entender que ela precisava se "embranquecer" a todo o custo em boa parte da vida. Foi o universo acadêmico que despertou os gatilhos necessários para ela entender o processo de aceitação enquanto negra.
"Antigamente a gente não falava sobre a mulher preta ou ser preto, nós não tínhamos o conhecimento. A gente não entendia sobre esses assuntos. Quando eu entrei na faculdade, que eu entendi que era não só uma mulher preta, mas gorda. A gente se sente inferior em alguns ambientes, em [por exemplo] entrevistas de emprego. Eu lembro de um episódio me questionaram se eu alisaria o meu cabelo e meu cabelo caiu [por causa] de um produto que dei há tempos atrás. A gente vai se descobrindo aos poucos, sobre esse lugar que também é nosso", relatou.
Foi difícil para Mani também entender o quanto ela é uma pessoa bonita. "De onde eu vim as pessoas não falavam sobre autoestima. Eu não tinha uma referência de mulher que eu olhasse e me achasse bela. Isso está começando agora.... [hoje] eu olho no espelho e digo que tem algo belo em mim",
Mani Reggo fala de exposição, planos e revela atual situação financeira
A atual situação financeira de Mani é confortável, mas ela revela que ainda não conquistou metas pessoais que almeja. Ela deseja abrir uma cafeteria em Salvador, tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e comprar uma casa própria até o fim deste ano. A empreendedora também não descarta a possibilidade de apresentar um programa de entrevistas futuramente e quer iniciar os estudos para a assumir a função em breve.
Em sete meses, Mani Reggo se tornou uma pessoa pública e não consegue fazer programações que anteriormente fazia devido a todo o assédio e carinho de fãs e admiradores. Ela sente falta de coisas simples como, por exemplo, ir ao mercado ou até mesmo pegar um carro por aplicativo sem que chame tanta atenção.
"Foi uma mudança muito drástica. Sinto falta de algumas coisas da minha vida, sim, coisas simples como pegar um carro por aplicativo. Eu aviso logo: 'Não estou milionária, não', acontece muito. Eu ainda tento fazer algumas coisas, mas não me arrependo do que aconteceu e que está acontecendo na minha vida. As pessoas acham que a quantidade de seguidores que eu tenho é a quantidade de milhões que eu vou receber".
"É tudo aos poucos. Não estou milionária, não estou rica, não comprei uma casa do lado de Ivete Sangalo, estou organizando a minha vida", diz Mani Reggo.
Ela também quer utilizar toda a visibilidade e alcance que possui nas redes sociais para inspirar outras mulheres e expandir o horizonte de empreendedoras baianas, além de dar destaque a projetos pouco conhecidos.
"Nem nos meus melhores sonhos eu achei que isso pudesse acontecer. Logo no começo eu me questionava e ainda me questiono, mas Deus sabe de todas as coisas. Se ele me deu essa visibilidade eu vou usar para ajudar outras mulheres. É o que me move, que aquilo [o alcance das redes sociais] seja uma mola que mova outras mulheres, que já são fragilizadas, vivemos em um mundo muito machista".
A assistente social foi mãe aos 17 anos e precisou amadurecer cedo. Mani criou o filho de forma solo e aproveitou o espaço para agradecer o apoio direto da mãe e das três irmãs. Segundo ela, a família foi o principal pilar responsável para a formação do herdeiro e também a base dela como mulher.
"Eu tive muito o apoio da minha mãe, das minhas irmãs que ficavam com o Caio [filho de Mani] quando eu precisava estudar. São as dificuldades que nos fortalecem. Eu não sei como seria, a minha mãe me ajudou em tudo. Agradeço demais a minha família, as dificuldades fazem a gente amadurecer, criar uma casca", completa.
Assista o vídeocast do Preta Bahia com Mani Reggo abaixo:
Lucas Sales
Lucas Sales
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