Com pouco mais de 13 mil habitantes, a cidade de Caldeirão Grande, no Sertão da Bahia, possui uma tradição histórica com o licuri, que é um tipo de palmeira nativa do bioma Caatinga e está diretamente ligada a comunidades indígenas e quilombolas do município.
Até os dias atuais, a economia de Caldeirão Grande é fortemente movimentada pelo plantio, extração e venda de produtos a base de licuri. Essa relação é tão grande, que o município recebeu o título de "Terra do Licuri".
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Além disso, a cidade realiza uma festa regional todos os anos para celebrar as tradições ligadas ao produto. Através da valorização dos ciclos comunitários e culturais do plantio do licuri, o município tem preservado e perpetuado tradições indígenas e de comunidades quilombolas.
Utilizado para a fabricação de cocadas, pães, biscoitos e outras iguarias, a gastronomia a base do licuri é uma dessas ferramentas de preservação. Técnicas indígenas de preparos, bem como processos de extração estabelecidos por comunidades negras, e transmitidos por meio da história oral, até hoje são utilizadas por produtores locais.
A produtora cultural Adriana Santana e historiadora Kerollen Hagnys apresentam mais os traços históricos de Caldeirão Grande em um episódio do podcast Calumbi completamente dedicado a cidade. Nele, a dupla de apresentadoras falam sobre a riqueza do local para além das extração de pedras preciosas, fama que acompanha diversas cidades do sertão baiano.
Ouça abaixo o episódio completo:
*Sob supervisão do repórter Alan Oliveira
Iamany Santos
Iamany Santos
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