Apesar de ser uma região rica em cultura, ciência e educação, o Sertão Baiano nem sempre é um dos lugares mais lembrados quando se pensa na Bahia. Formado por mais de 250 municípios, o Sertão Baiano carrega muito mais que os estereótipos esperados do semiárido.
Entre Senhor do Bonfim e Feira de Santana, há muito história para contar e muita produção científica sendo realizada. Com uma temática focada nessa região, o podcast Calumbi apresenta a seus ouvintes a riqueza do sertão do estado e como essa parte da Bahia interfere culturalmente e historicamente na construção do ser baiano.
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Com um trabalho de resgate da história e cultura de cidades sertanejas, a produtora cultural Adriana Santana e a historiadora Kerollen Hagnys, idealizadoras do projeto, trazem detalhes sobre esse território com ajuda de convidados especiais.
Sertanejas pesquisadoras
Mulheres representem representam 54% dos estudantes de doutorado no Brasil, de acordo com o Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar deste ser um número crescente no país, esse perfil poucas vezes vem à mente quando se fala de pesquisa.
Nesse sentido, as mulheres do sertão baiano podem ser ainda mais invisibilizadas, assim como a produção científica no sertão da Bahia. Pensando nisso, o podcast Calumbi apresenta em seu primeiro episódio da temporada "Sertanejas Pesquisadoras", a trajetória das pesquisadoras Adriana Santana, Kerollen Hagnys e Lorena Simas.
Com histórias distintas na pesquisa, as três contam como a participação de mulheres de sertanejas no processo de produção científica. Graduada em Produção Cultural (Facom/Ufba) e Mestra em Cultura e Sociedade (Póscultura/Ufba), Adriana Santana realizou pesquisas sobre gestão de espaços culturais no interior, bem como o consumo cultural de jovens universitários.
Já Kerollen Hagnys, que é graduada em história em História (Facesb), Pós-graduada em Metodologia do Ensino de História e Geografia (Uninter) e Especialista em Educação Ambiental Interdisciplinar (Univasf), realizou pesquisa sobre as culturas indígenas da comunidade de Missão do Sahy, localizada na cidade de Senhor do Bonfim, no Sertão da Bahia. Além disso, ela também construiu pesquisa sobre a importância da educação ambiental nas escolas.
Também pesquisadora, Lorena Simas graduada em Jornalismo (Uneb) e Mestra em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA/Uneb), realizou pesquisas sobre fotografia e educação, em especial, sobre o papel das imagens na reprodução de representações sociais do semiárido.
No episódio, as pesquisadoras evidenciam, através de sua trajetória, como uma educação que leve em consideração os saberes do semiárido nordestino contextualiza o processo de aprendizado à vivência do aluno. Nesse sentido, diferente da educação tradicional, não se presume que o aluno é uma caixa vazia e que sua experiência cotidiana é importante para que se entenda o que está sendo trabalhado.
Confira o bate-papo completo abaixo:
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Iamany Santos
Iamany Santos
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