Processo importante para disseminação de conhecimento e para prevenção de fake news, a divulgação científica é uma ferramenta de grande valor social. Esse aspecto pôde ser melhor observado durante a pandemia, quando a disseminação de notícias falsas cresceu e se tornou ainda mais nocivo para a saúde pública.
Nesse sentido, existe um grupo de pesquisadores do semiárido nordestino chamado "Ciência Oxe" e realiza esse trabalho de forma bastante eficiente. Formado por pesquisadores e alunos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) , na cidade de Senhor do Bonfim, no Sertão da Bahia, o grupo tem o objetivo de divulgar conhecimento para todos os públicos e de forma acessível.
No terceiro episódio da temporada 'Sertanejas Pesquisadoras', do podcast Calumbi, a produtora cultural Adriana Santana conversou com a Laís Machado que membro do "Ciência Oxe", professora da Univasf, assim como graduada em Ciências Biológicas (UFCE), mestra e doutora em Microbiologia pela universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante o papo, a doutora explicou como funciona o trabalho de divulgação científica realizado pelo grupo, além de comentar a importância deste trabalho para os alunos.
“Uma coisa que eu estimulo meus alunos quando a gente está fazendo atividade de divulgação científica é: traga a informação de um jeito que se você falar com seu pai, com sua mãe, com seu irmão, com sua avó, eles possam entender o que você está falando. Quando você divulga ciência, você democratiza o acesso ao conhecimento e você dá às pessoas condição para elas decidirem coisas da vida dela”, contou Laís durante o episódio.
Em meio à pandemia, o grupo, que possui mais de 2 mil seguidores no instagram, realizou um trabalho importante desmistificando informações erradas sobre as vacinas. “É porque alguém me explicou a importância da vacina, ou porque alguém me falou sobre como é transmitida a dengue, que eu consigo utilizar essas informações e decidir que vou vacinar, e que vou me proteger do mosquito da dengue, por exemplo”, destacou Laís sobre esse processo.
Jovens pesquisadoras
Ainda nesse episódio do podcast, Adriana apresenta a jovem cientista Michelli Araújo, graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia, Campus VII, e pós-graduanda em Neuropsicopedagogia e Educação Inclusiva (Faveni). Com o objetivo de discutir a educação inclusiva, a pesquisadora realiza uma pesquisa sobre o processo educativo para crianças com paralisia cerebral.
Ela explica que começou a realizar pesquisa nessa área ao se tornar mãe de uma criança com paralisia cerebral. Com essa motivação em mente, a cientista escreveu um livro sobre o tema.
O trabalho de Michelli, assim como todos os trabalhos abordados ao longo da temporada 'Sertanejas Pesquisadoras', estão disponíveis em uma biblioteca virtual disponibilizada pelo podcast Calumbi.
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Ouça o episódio completo:
Redação iBahia
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