Pela 14ª vez seguida, o Brasil recebeu, em 2023, o título de país que mais mata pessoas trans no mundo. Nesse contexto, a Bahia também se destaca no cenário nacional. Segundo dossiê realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais, a Bahia é o terceiro estado brasileiro onde há mais assassinatos de travestis e transexuais.
Ainda que atualmente as discussões de gênero tenham se ampliado e o assunto seja discutido em diferentes ambientes, os dados provam que essa é uma questão ainda não superada no Brasil. Diante disso, estudos científicos que discutam essas vivências e essas formas de viver devem ser fortalecidos, além e servir como base para criação de políticas públicas.
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A aplicação de metodologias e temáticas de gênero nas escolas pode ser um dos caminhos que possibilite a construção de uma sociedade com mais esclarecimento sobre questões de gênero. No quarto episódio da temporada "Sertanejas Pesquisadoras', do Podcast Calumbi, a pesquisadora Denyse de Almeida foi convidada para falar sobre o assunto, tema de sua pesquisa científica.
Em conversa com a produtora cultural Adriana Santana, a mestranda em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) falou sobre seu trabalho, que aborda a educação de gênero e sexualidade no sertão da Bahia. Através de uma narrativa autobiográfica, Denyse discute transgeneridade e travestilidade partindo da perspectiva de que cada corpo travesti é um mundo.
“Esse meu momento de pesquisa serve para dizer que existem outras travestilidades, outras formas de viver. As travestilidades, embora sejam plurais, elas são singulares. Embora nossas histórias pareçam iguais – se assemelhem muito nas lutas, nos atravessamentos – cada corpo travesti é uma vida, é um rizoma. Tentar desconstruir toda essa visão pronta que já se tem das identidades transsexuais e travestis realmente é um desafio”, pontua a pesquisadora no episódio.
Jovens pesquisadoras
Com o objetivo de divulgar novas pesquisas e encorajar a produção científica na Bahia, o podcast Calumbi convidou a jovem pesquisadora Elisa Raquel. A matemática, que também trabalha com educação, é recém-graduada em Matemática pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Em sua pesquisa, Elisa propôs a utilização do método Montessori no ensino da matemática no Ensino Médio. Este método foi criado pela educadora e pedagoga Maria Montessori e parte da observação do comportamento de crianças em ambientes estruturados, como as escolas, por exemplo.
As pesquisas completas podem ser encontradas no site do Podcast Calumbi. Ouça o episódio completo:
Redação iBahia
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