As orquestras filarmônicas são de origem europeia e, por muito tempo durante o Brasil Colônia, foram instrumento para o processo de doutrinação de povos indígenas e negros no país. Apesar disso, com o tempo, esse tipo de organização musical se tornou uma importante expressão popular, reunindo diferentes pessoas e alegrando cidades interioranas em datas comemorativas ou outros eventos festivos.
Essa realidade também pode ser observada na Bahia, principalmente em cidades do interior e Sertão da Bahia. Geralmente organizações sem fins lucrativos, esse grupos são formados por instrumentos de sopro e percussão e desempenham importantes papeis sociais na sociedade.
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Em um resgate desta história, a produtora cultural Adriana Santana e a historiadora Kerollen Hagnys produziram um episódio do Podcast Calumbi completamente dedicado a esse grupos musicais. Na cidade de Senhor do Bonfim, no Sertão da Bahia, a filarmônica mais antiga foi fundada em 1888, chamada de União Siciliana.
Na década seguinte, em 1895, foi fundada na cidade a filarmônica União e Recreio e, em 1897, o grupo 25 de Janeiro. Historicamente rivais, os dois grupos já se enfrentaram em embates musicais, entretanto, se tornaram grupos sociais posteriormente.
Com os novos nomes de Sociedade Beneficente Cultural União e Recreio e Sociedade Cultural e Recreativa 25 de Janeiro, as bandas se extinguiram mas suas sedes são até hoje um centos culturais importantes em Senhor do Bonfim. Esse legado histórico se reflete no que atualmente é associado às filarmônicas, enquanto ferramentas sociais de acolhimento da juventude e entretenimento em datas comemorativas. Escute o episódio completo do podcast Calumbi abaixo:
Redação iBahia
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