Após obterem dados de sistemas de telefonia, os investigadores estimam que pelo menos mil pessoas dos três Poderes da República tenham sido alvo de ataques de hackers . Nesta quinta-feira, o Ministério da Justiça informou que invasores também miraram celulares do presidente Jair Bolsonaro . Os ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) relataram ter sido vítimas de invasores.
Bolsonaro classificou as invasões como "atentado grave contra o Brasil e suas instituições" e disse não estar preocupado com eventual vazamento de mensagens. A PF apontou que os hackers se valeram da técnica Spoofing, que faz um celular (ou um computador ligado a uma rede de telefonia) fingir ser o smartphone com o número do alvo e pedir ao aplicativo Telegram para reinstalar o app ( entenda ).
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) alertava o presidente sobre o risco de comunicação em celulares não criptografados, mas ressaltou que cabe às autoridades optar pelos aparelhos protegidos por tecnologia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Estes celulares estão à disposição do presidente, do vice e de ministros.
O GLOBO ouviu especialistas, que apontaram as ameaças cibernéticas como "cada vez mais difíceis de serem controladas" e deram dicas de como se proteger de ataques.
- Tenha uma solução de segurança instalada no dispositivo que permita detectar comportamentos estranhos no dispositivo móvel e que possam tornar-se vetores de infecção que levem um invasor a assumir o controle do celular do usuário;
- Revise as permissões solicitadas pelos aplicativos e evite conceder permissões desnecessárias a aplicativos desconhecidos;
- Sempre atualize o sistema operacional e os aplicativos do dispositivo para a versão mais recente disponível;
- Faça backup de todos os dados no computador ou pelo menos os mais valiosos;
- Use apenas lojas oficiais para baixar aplicativos, onde as chances de se infectar com malware são menores — não nulas;
- Use o bloqueio de tela, tendo em mente que o padrão pode ser facilmente adivinhado e menos seguro que um PIN;
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- Criptografe o conteúdo do dispositivo;
- Evite processos de root (acessar partes antes fechadas a usuários comuns e fazer alterações no sistema operacional) ou jailbreak (desbloquear para instalar aplicativos não oficiais) do dispositivo, pois eles podem interferir nos processos de atualização de equipamentos e facilitar a instalação de malware;
- Sempre use redes conhecidas e privadas, especialmente se informações confidenciais forem manipuladas.
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Redação iBahia
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