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Vacina contra covid-19 e câncer: dúvidas comuns dos pacientes

Até o momento, o país conta com duas opções de vacina, a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e a Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

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Redação iBahia

15/02/2021 às 9:10 • Atualizada em 29/08/2022 às 4:00 - há XX semanas
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A vacinação contra o novo coronavírus no Brasil começou em janeiro de 2021 e ainda se tem muitas dúvidas sobre o assunto, principalmente com relação aos grupos prioritários para imunização. Vale lembrar que, até o momento, o país conta com duas opções de vacina, a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, e a Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os grupos prioritários para receberem a vacina são os profissionais da saúde que atuam na linha de frente no combate à pandemia, além de idosos, que são mais suscetíveis à evolução grave da doença. Os critérios da Anvisa não incluem pacientes oncológicos entre os primeiros a serem imunizados, entretanto, há quem se encaixe na prioridade por conta da idade, mas ainda há muitas dúvidas sobre a vacinação desse grupo de pacientes.
Foto: Imagem ilustrativa de vacinação | Foto: reprodução / Pixabay
Afinal, quem enfrenta um câncer e está nos grupos prioritários deve se vacinar?
Para esclarecer algumas das incertezas do paciente com câncer, a oncologista Graziela Zibetti Dal Molin, membro do Comitê Científico do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), organização que promove campanhas de conscientização e promoção da saúde, responde as principais dúvidas dos pacientes com câncer no que se refere à imunização.
Confira abaixo algumas perguntas e respostas:
Qual o momento ideal para pacientes com câncer serem vacinados?
Não há descrição na literatura de momento ideal para realização da vacinação, visto que o percentual de pacientes oncológicos que foram incluídos nos estudos clínicos foi pequeno. Ambas vacinas podem ser realizadas durante o tratamento oncológico dos pacientes.
Pacientes com tumores hematológicos (linfomas, leucemias, mieloma múltiplo ou submetidos ao transplante de medula óssea) habitualmente realizam tratamentos com quimioterapias com maior potencial de imunossupressão, e o momento ideal para vacinação deve ser discutido com seu médico. Até o momento, a única contraindicação para administração da vacina é a presença de alergia aos componentes da mesma.
Posso tomar a vacina antes da quimioterapia? E durante?
Não há recomendação específica sobre tempo ideal para realização da vacina em pacientes em tratamento com quimioterapia, podendo ser realizada em qualquer momento do tratamento.
A radioterapia é impedimento para tomar a vacina?
Radioterapia não é contraindicação.
Quem recebe imunoterapia na forma de bloqueadores de co-receptores imunes deve ser vacinado?
Sim. Não há dados específicos na literatura sobre essa população, mas a recomendação é de que a vacina deva ser administrada. Outras vacinas, como a da gripe, são administradas em pacientes que realizam imunoterapia e se mostraram eficazes e seguras.
O paciente com câncer pode tomar qualquer uma das vacinas?
Ambas vacinas disponíveis no Brasil são indicadas aos pacientes oncológicos. As duas vacinas contra o coronavirus que serão disponibilizadas no Brasil neste momento estão recomendadas para todos pacientes oncológicos. A vacina da Oxford University / AstraZeneca é composta de parte de vírus vivo modificado que não é replicante em humanos, e a vacina Coronavac/ Sinovac é uma vacina de vírus inativado. Ambas não causam riscos de infecção pelo coronavírus. As doses recomendadas são as mesmas do restante da população.
O paciente oncológico pode deixar de usar a máscara após tomar a vacina?
Não. Mesmo após o recebimento da vacina, as medidas de distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos continuam sendo medidas essenciais para proteger a todos
O paciente oncológico que já teve Covid-19 deve se vacinar?
Sim, a recomendação é de que todos recebam a vacina. Dados mostram que não houve aumento de efeitos colaterais em quem recebeu a vacina após infecção prévia por coronavírus.
“É indispensável conversar com o profissional de sua confiança, pois cada caso deve ser tratado de forma individualizada, de acordo com o quadro geral do paciente”, aconselha Marlene Oliveira, presidente do LAL.

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