O uso do cinto de segurança é essencial para todos os ocupantes do veículo. Mais do que isso, é obrigatório. Inclusive para os passageiros do banco traseiro. O equipamento reduz os riscos de agravamento da saúde em caso de acidente. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde e do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), no Brasil apenas 50,2% dos passageiros usam cinto no banco de trás.
Este mal hábito, que para muitos parece ser inofensivo, traz dados gravíssimos. De acordo com Júlio Câmara, especialista em engenharia automotiva, em um acidente ou durante uma freada brusca, o passageiro traseiro é projetado para fora do carro e pode causar a morte do motorista ou do carona por esmagamento com o impacto do peso sob o banco.
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“A segurança no veículo é responsabilidade de todos os ocupantes. Se apenas um estiver sem cinto já coloca todos os outros em perigo, pois, com a velocidade do carro e o impacto de uma colisão, os quilos de uma pessoa sem cinto podem se transformar em toneladas quando arremessado”, alertou.
A Associação Brasileira de Medicina na Bahia (Abramet) garantiu que, só no Brasil, acidentes de trânsito causam a morte de 43 a 45 mil pessoas por ano. Dados que poderiam ser reduzidos com o uso do cinto de segurança em até 45% para ocupantes dos bancos dianteiros e em até 75% no banco traseiro, ainda de acordo com a própria Abramet.
Para ficar seguro no veículo e passar longe das estatísticas de acidente, fique ligado nas dicas de um profissional:
1- O cinto de três pontos é o mais seguro. Durante o encaixe, a fivela transversal deve passar pela região clavicular, no tórax, e a fivela horizontal deve ser posicionada próxima a pélvis. O cinto de maneira nenhuma pode ficar ralando no pescoço ou com folgas, por isso regule para o passageiro se posicionar adequadamente.
2- Revise as condições do cinto pelo menos uma vez no ano. Cheque se não há desgaste no tecido do cinto ou nos engates.
3- Esse equipamento não pode ser costurado em caso de desgaste, nem reaproveitado em outro veículo.
4- No transporte de crianças no banco traseiro, além do cinto, é necessário o equipamento de segurança estabelecido de acordo com o peso e idade da criança.
5- Após acidente, é preciso trocar os cintos. Em uma colisão, o equipamento é usado ao extremo e pode ser que em um próximo episódio não suporte o peso do passageiro.
6- Faça a higienização do cinto. O acúmulo de sujeira pode obstruir o enrolamento automático e provocar corrosão ou rompimento em colisões. Para limpar a sujeira é recomendado usar água morna e sabão neutro puxando todo para fora e colocado de volta apenas quando estiver seco.
Vale lembrar que a não utilização do cinto de segurança é uma infração de trânsito grave, com penalidade para o condutor do veículo de cinco pontos negativos na carteira de habilitação e multa no valor de R$ 293.
*Sob supervisão do editor-chefe Rafael Sena
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Redação iBahia
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