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Operação El Patrón

Três são presos após destruírem provas contra investigados na Bahia

Mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (26) e tem relação com Operação El Patrón, deflagrada em dezembro

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Naiana Ribeiro

26/11/2024 às 9:38 - há XX semanas
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Nesta terça-feira (26), foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão domiciliar e cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Feira de Santana e Serrinha, localizadas a 100 km e 180 km de Salvador, respectivamente.


				
					Três são presos após destruírem provas contra investigados na Bahia
Três são presos após destruírem provas contra investigados na Bahia. Foto: Polícia Federal

A operação contou com a participação da Receita Federal (RF), Polícia Federal (PF), Ministério Público Estadual (MPE) e da Força Correcional Integrada, sendo deflagrada após a ordem de um advogado de um suspeito preso em uma operação anterior. O advogado teria orientado os comparsas a destruírem provas armazenadas digitalmente.

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Os nomes dos indivíduos presos não foram divulgados, e também não foi esclarecido se o advogado mencionado foi um dos alvos da operação.


				
					Três são presos após destruírem provas contra investigados na Bahia
Binho Galinha. Foto: Agência Alba

A PF informou que o advogado envolvido na operação atua na defesa de um dos suspeitos presos na Operação El Patrón, realizada em dezembro de 2023. Na ocasião, o deputado estadual Binho Galinha e três policiais militares passaram a ser investigados por envolvimento em um grupo miliciano.

Na época, foram cumpridos:

  • 10 mandados de prisão preventiva;
  • 33 mandados de busca e apreensão;
  • bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados;
  • sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais;
  • suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

Relembre a operação El Patrón na Bahia


				
					Três são presos após destruírem provas contra investigados na Bahia
Binho Galinha ao lado do filho e da esposa. Foto: Redes Sociais

O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é investigado pela Polícia Federal como chefe de uma milícia responsável por lavagem de dinheiro em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador.

As investigações apontaram que o grupo é suspeito por lavar dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e desmanche de veículos. Em um dos imóveis inspecionados pela Polícia Federal, foram encontradas milhares de peças de carros.

Entre os presos na operação, estão três policiais militares e familiares de Binho Galinho. Entenda a função que cada um desempenhava no grupo criminoso:

  • João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano: filho do deputado estadual. Ele era responsável por receber o dinheiro do crime desde quando ainda tinha menos de 18 anos. Ele repassou para o pai cerca de R$ 474 mil.
  • Mayana Cerqueira da Silva: esposa do deputado estadual. As investigações apontaram movimentação financeira incompatível com os rendimentos declarados à Receita Federal e a maioria das transações feitas por ela envolvem os outros suspeitos.
  • Jorge Vinícius de Souza Santana Piano: principal operador financeiro da organização criminosa e amigo de Binho Galinha. Conforme investigações, ele movimentou mais de R$ 39 milhões, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.
  • Jackson Macedo Araújo Júnior: policial militar. Conforme investigações, ele movimentou quase R$ 4 milhões, o que não condiz com a condição econômica declarada à Receita Federal.
  • Josenilson Souza da Conceição: policial militar e bacharel em direito, o suspeito movimentou em suas contas pouco mais de R$ 1,7 milhão, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal.
  • Roque de Jesus Carvalho: policial militar, movimentou mais de R$ 9 milhões entre janeiro de 2013 e março de 2023, o que não condiz com o que foi declarado à Receita Federal nestes 10 anos.
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