Entre junho e outubro de 2023, três rifeiros foram assassinados em Salvador e Região Metropolitana. A morte mais recente foi registrada na madrugada desta sexta-feira (20), no bairro de Pau da Lima. Simone Maria de Jesus foi morta a tiros após ser chamada na porta de casa.
Segundo a polícia, ao abrir a porta da residência, homens armados que aguardavam a vítima atiraram nela e fugiram do local. A mulher chegou a ser socorrida e foi levada para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Ela foi identificada como Simone Maria de Jesus.
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O irmão da vítima afirma que desconhece envolvimento da vítima com a criminalidade ou uma possível motivação ou autoria para a morte dela.
"Na verdade, ela era uma pessoa boa, não tinha envolvimento nenhum com criminalidade. Colocava uma rifa, uma vez ou outra, até pra ajudar dentro de casa, porque ela tinha dois filhos. Era uma rifa de valor bem irrisório, que não tinha um valor tanto assim pra ser causado por causa da rifa", afirmou em entrevista para a TV Bahia.
Além de Simone Maria de Jesus, outros dois casos envolvendo a morte de rifeiros foram registrados na capital baiana neste ano. O primeiro, em junho deste ano, do empresário dono de uma loja de celulares, Alan dos Santos Oliveira; e Willy Cleiton, que desapareceu em julho e foi encontrado morto em estado decomposição.
Relembre os casos abaixo:
- Rei do iPhone
O empresário dono de uma loja de celulares, Alan dos Santos Oliveira, de 31 anos, foi morto a tiros. O crime aconteceu em 1° de junho deste ano, em um prédio comercial no Caminho das Árvores, em Salvador.
A vítima, que se intitulava o "Rei do Iphone", tinha mais de 220 mil seguidores em uma rede social. Ele também vendia rifas na conta. Além da loja, Alan possuía um outro estabelecimento do mesmo tipo em Feira de Santana, a 100km da capital baiana.
- Willy Cleiton
Willy Cleiton desapareceu no domingo (13), após sair da casa onde morava no bairro de Pero Vaz, em Salvador. Na ocasião, ele saiu com amigos para a BR-324, no trecho de Simões Filho, para fazer manobras com motocicletas e tirar fotos.
Moradores e amigos do jovem contaram que o grupo foi perseguidor por policiais militares, que estavam em uma viatura. O grupo se dispersou e Willy teria entrado em um matagal, e não foi mais visto.
A Polícia Civil fez buscas na região na terça-feira (18) e encontrou o corpo do jovem em estado de decomposição. A confirmação foi dada pelo DPT na quinta (20).
Testemunhas afirmam que houve perseguição aos jovens na região. Os moradores também contaram que ouviram tiros. O rifeiro não tinha passagem pela polícia. A PM não se posicionou sobre as versões dadas pelas testemunhas e para a família.
Nathália Amorim
Nathália Amorim
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