Os presos suspeitos de matar e esquartejar o jovem Thiago Tavares dos Santos, de24 anos, no bairro de Cassange, em Salvador, negam a participação no crime. A vítima desapareceu no último dia 15 após um surto psicótico, em Cajazeiras, onde morava.
O trio foi preso na última quarta-feira (22). Segundo a delegada Zaira Pimentel, titular da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) e responsável pelas investigações do caso, os três homens estavam presentes no momento do crime.
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"Eles estavam lá presente, mas negam a participação no homicídio e esquartejamento. As investigações estão em curso e nós não estamos excluindo a participação de outras pessoas", disse.
Ainda segundo informações da Polícia Civil (PC), uma semana após a localização da vítima, os suspeitos foram identificados e com mandados de prisão cumpridos. Eles se apresentaram na sede da 1ª DH/Atlântico, acompanhados de advogados.
As investigações em curso, até esta quinta-feira (23), indicam cinco pessoas envolvidas no crime, sendo três integrantes de um grupo criminoso com atuação na localidade de Parque São Cristóvão.
Motivação do crime contra jovem
De acordo com a PC, a principal linha de investigação sobre a motivação do crime indica retaliação dos criminosos. Eles alegam que Thiago Tavares invadiu a casa de uma mulher, no Parque São Cristóvão.
A moradora teria gritado assustada e os autores do crime foram ao local, onde encontraram Thiago. O jovem foi retirado do imóvel e levado para um matagal, onde o crime foi cometido.
Um dos suspeitos de envolvimento no homicídio foi identificado como Carlos Eduardo do Carmo Oliveira. Ele foi assassinado e o corpo localizado em uma área de mata, também no Parque São Cristóvão, na última sexta-feira (17). A morte dele é apurada pela DH/ Atlântico.
Quem foi Thiago Tavares
Thiago Tavares era obreiro em uma igreja evangélica. Segundo a família, gostava de jogar futebol com os amigos e tinha o sonho de cursar Tecnologia da Informação (TI) em uma faculdade.
"Thiago era um menino obediente, do bem, evangélico e que respeitava todo mundo. Ele tinha um problema de saúde, surtava às vezes, mas a gente controlava quando podia", lamentou o pai do rapaz, Gerson Venâncio.
Ainda segundo familiares, Thiago Tavares descobriu que tinha epilepsia aos 20 anos. Desde então, começou tratamento e tomava remédios nos dias de crise.
"Até então não tinha apresentado nada. De lá para cá, ele começou a fazer tratamento, tomava remédio quando tinha crise", disse a mãe do jovem, Renata Tavares.
No dia do crime, a família conta que Thiago saiu sem rumo e a família o procurou na região de Cassange, que fica na mesma região.
Segundo a Polícia Militar, partes do corpo foram encontradas dentro de um saco, às margens da Avenida Aliomar Baleeiro, conhecida como Estrada Velha do Aeroporto, próximo do Alto do Cajá.
A mãe de Thiago Tavares contou que quando o filho tinha surtos psicóticos, costumava correr pela casa. No entanto, neste dia, queria sair do imóvel. "Eu não deixei, mas depois ele aproveitou uma brecha e se mandou para rua", explicou.
AUTOR
Nathália Amorim
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