O homem que é investigado por matar a companheira e ferir o enteado a facadas no bairro de Massaranduba, em Salvador, se apresentou à polícia e prestou depoimento nesta segunda-feira (25), menos de 24h após o crime. Depois de ser ouvido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, o suspeito foi liberado.
Em nota, a Polícia Civil informou que o homem foi solto por não haver requisitos legais para a prisão em flagrante. Segundo a corporação, a prisão preventiva será solicitada ao Judiciário. Não há um prazo para o envio do pedido e nem para a determinação da Justiça.
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O crime aconteceu na noite de domingo (24), dentro da casa onde as vítimas moravam com o suspeito. Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, morreu no local. Já o filho dela, de apenas 11 anos, sobreviveu. O menino segue internado em um hospital de Salvador nesta segunda-feira, em estado grave.
Em entrevista à TV Bahia nesta segunda, a irmã de Raquel apontou o suspeito do crime como bruto e ciumento, e afirmou que o cunhado não gostava do enteado e maltratava o menino.
De acordo com Ariele Almeida, o suspeito chegava a agredir a criança. “Ele sempre tratava o menino de forma bruta, batia nele. Eu perguntava para ela o porquê dele estar batendo e ela dizia ‘ele é pai e pai é quem cria’, mas eu pedia para ela não deixar ele bater na criança”, contou Ariele.
A irmã de Raquel diz ainda que o suspeito não gostava da relação da esposa com o enteado. “Ele era ciumento com a criança, não gostava do meu sobrinho de jeito nenhum”, afirmou. “Ela sempre fez tudo por esse menino, dizia que se algo acontecesse com ela, tinha dinheiro guardado para criação dele. Sempre fez de tudo, foi uma mãe”, lembrou.
Ariele afirmou também que já havia ouvido falar de uma briga entre a irmã e o cunhado, mas afirma que o casal não tinha histórico de agressões. Os dois moravam juntos já um ano.
“Não tinha discussão ou agressão. As vezes ela fazia brincadeiras que ele não gostava, mas nunca havia tido agressão. Uma vez ele puxou o cabelo dela, mas ela deu um tapa nele. Eu não ouvi ela dizendo”, contou.
Para a irmã de Raquel, o crime foi premeditado pelo cunhado. “Ele fez tudo premeditado. Levou os documentos dela, celulares, cartão de crédito", relatou, emocionada.
O caso está sob investigação da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), que fica no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo de Raquel será sepultado na terça-feira (26), no Cemitério Municipal de Periperi.
Redação iBahia
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