O principal suspeito de matar Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, a facadas, no bairro de Massaranduba, em Salvador, foi preso na manhã desta quinta-feira (28). A prisão preventiva foi cumprido após expedição pelo 2º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, na última quarta-feira (27), após pedido da Polícia Civil.
O investigado não teve o nome revelado pela Polícia Civil, por causa da Lei de Abuso de Autoridade. No entanto, a família afirma que trata-se de Diego Santos de Andrade. Ele confessou o crime.
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O crime aconteceu na noite de domingo (24), dentro da casa da vítima. O filho de Raquel da Silva Almeida, de 13 anos, também foi ferido por golpes de facas e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Geral do Estado (HGE).
O suspeito se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã, no dia seguinte ao crime, na segunda-feira (25), com um advogado. Ele foi ouvido e liberado por não haver, segundo a Polícia Civil, requisitos legais para a prisão em flagrante.
A Polícia Civil informou que o suspeito passará por exames de lesões corporais e será mantido à disposição do Poder Judiciário, enquanto aguarda encaminhamento para o sistema prisional.
A autoria e motivação do crime são investigadas pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), que fica no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Filho se fingiu de morto
O adolescente de 13 anos, filho de Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, morta a facadas no bairro de Massaranduba, em Salvador, fingiu estar morto para sobreviver aos golpes dados pelo padrasto. A informação foi confirmada pelo pai do menino.
O pai do adolescente, identificado como Rafael Teixeira, não soube informar por quanto tempo o garoto fingiu estar morto. Ainda segundo ele, o adolescente só pediu ajuda depois que Diego fugiu da casa onde cometeu o crime.
O menino está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado. Rafael Teixeira informou também que o filho sofreu ferimentos no pescoço, costas e peito. Ele negou que o adolescente tenha feito cirurgia.
"Estado dele no momento é estável. Não está falando, mas tudo que mexe nele, ele dá o sinal com a cabeça, se está doendo ou não. Ele está estável", afirmou.
“Não está falando, mas se mexer nele, ele dá sinal com a cabeça, se está doendo ou não. No momento, vai precisar de um psicólogo. Ele abre o olho, chora. Move a boca falando ‘mãe’, mas a voz não sai. Para contar o que aconteceu, no estado que está, ainda não tem como".
Sobre a relação do adolescente com o padrasto, Rafael Teixeira contou que o menino já alertava sobre a agressividade de Diego, mas era ignorado por outros familiares. Ele e Raquel terminaram o relacionamento há oito anos. A vítima estava casada com Diego há um ano e dois meses.
“Meu próprio filho se queixava comigo. Quando não conseguia me ver, pedia o celular de alguém e sempre relatava isso [agressividade]. Eu sempre dava atenção, mas a maioria das pessoas achava que era mentira, porque a mãe passava a mão na cabeça [de Diego]. E deu no que deu”, disse Rafael.
Redação iBahia
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